Cap. 10 - UM ATOR

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- Por favor, diz que você está brincando e que você não é um ator pornô. - Trisha pediu.

- Não! Ei! Calma... Eu vou explicar melhor. Eu trabalho nos estúdios Pau Brasil, que é um estúdio de filmes pornôs, mas eu não sou ator lá. Eu trabalho no setor operacional. Eu cuido da parte de tecnologia de distribuição dos filmes pras plataformas digitais.

O suspiro de alívio de Trisha foi até audível após Arlon explicar.

- E então? Vai sair correndo do restaurante agora mesmo porque eu trabalho em um lugar onde as pessoas transam o dia inteiro? - Arlon perguntou e riu para esconder o medo que sentia da reação que Trisha teria.

- Eu julgando alguém? Não. Eu não. Se você trabalha lá, por mim tudo bem. - Trisha disse e deu um gole na taça de vinho branco.

- E se eu tivesse revelado que era ator pornô lá, hein? Só por curiosidade. E se fosse esse o caso. Você ficaria de boa assim também?

- Lindão, entenda logo como funciona o meu raciocínio: pra mim não importa se você comeu todas as mulheres dessa cidade inteira e ainda da cidade vizinha. O seu passado não me diz respeito. O que importa é onde você colocar esse seu pinto daqui pra frente depois que eu entrei na sua vida. - Trisha disse e fez Arlon rir de novo.

- E você? Com o que você trabalha?

- Eu sou recepcionista em uma clínica veterinária. - Trisha mentiu e mentiu com grande facilidade.


- Eu não acredito que você está trepando com o inimigo! - Giliene berrou no dia seguinte quando em seu escritório Trisha a contou sobre Arlon.

- Gigi, como eu ia adivinhar? Não tem como eu conhecer todo mundo que trabalha lá na Pau Brasil.

- Cai fora dessa, Trisha. Se afasta dessa cara.

- Mas o jantar com ele foi ótimo! E nós nem transamos nesse primeiro encontro. Você sabe como isso é um bom sinal.

- Não interessa. Ele pertence ao time da concorrência. E se foi a Clarinha que mandou o cara ciscar ao redor de você pra descobrir coisa aqui de dentro? Pra me prejudicar!

- Ah, Gigi, pelo amor de Deus. Isso não é uma guerra.

- Continua sendo inocente assim pra ver onde você vai chegar.

- Poxa, eu pensei que você fosse a minha amiga. - Trisha desabafou honestamente. - Eu realmente senti uma conexão com o Arlon como eu... Como eu nunca senti com outro cara. Será que é pedir muito que você me apoie numa situação que tem tudo pra me fazer feliz?

Giliene revirou os olhos, bufou, mas acabou puxando Trisha para um abraço.

- É por isso que eu não gosto de ficar amiga de funcionária. Tá vendo só o que acontece?

- Obrigada.

- Ó,mas você abre olho, hein? Fica esperta com esse cara.

- E a senhorita nem pense em me pedir pra usar a minha aproximação do Arlon pra que eu colete informações privilegiada dos negócios láda Pau Brasil.

- Eu? Te pedir isso? Jamais.

- Sei. Quem não te conhece que te compre, Dona Giliene. - Trisha disse e recebeu de Giliene um tapinha na cabeça enquanto elas riam e continuavam abraçadas.

 - Trisha disse e recebeu de Giliene um tapinha na cabeça enquanto elas riam e continuavam abraçadas

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Quando Corações Pegam Fogo (NOVELA +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora