Cap. 20 - VINTE E OITO CENTÍMETROS

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Deivridi pegou uma camiseta jogada ali no chão do banheiro e rasgou rapidamente. Ele amarrou as tiras de tecido nos pulsos de Pablo para tentar estancar o sangramento de alguma forma e pegou Pablo em seus braços.

Deivridi saiu levando Pablo e o colocou no banco de trás do seu carro, mas quando ele deu a partida, por um terrível golpe de azar do destino, o carro não ligava de maneira nenhuma.

- Merda!- tremendo, Deivridi gritou e tirou Pablo do carro. - Socorro! Alguém ajuda aqui! Uma ambulância.

Descalço(já que tinha tirado os chinelos lá na casa de Pablo), Deivridi gritava com o desacordado Pablo nos braços, correndo no meio da rua, em pânico.


Mais de uma hora depois, Pablo abriu os olhos e antes mesmo de se dar conta de que estava deitado numa cama de hospital, a primeira coisa que viu foi Deivridi sentado ao lado dele.

- Você me salvou? - Pablo perguntou enfraquecido.

- E eu ia encontrar você sangrando lá no seu banheiro até a morte e deixar pra lá? Tive outra escolha não.

- Não devia ter me salvado.

- Pablo...

- Mas se escolheu fazer... Foi um ato bem romântico.

- Porque você fez uma idiotice dessa? Se não fosse a sorte de eu ter sido movido por essa necessidade inexplicável de ir até a sua casa, você não estaria aqui a uma hora dessas.

- Não foi sorte. Você não entende? Fui eu que te chamei por pensamento. Agente se ama demais e as nossas mentes e corações estão conectados. Deivridi, se eu fiz o que fiz foi num último ato desesperado de não suportar viver sem você. Por favor, volta pra mim.

- Volto.

Deivridi respondeu rápido. Foi mais forte do que ele. Ele simplesmente não conseguiria rejeitar Pablo enquanto o encarava ali, tão frágil naquela cama de hospital, mesmo depois de tudo o que aconteceu entre eles.

 Ele simplesmente não conseguiria rejeitar Pablo enquanto o encarava ali, tão frágil naquela cama de hospital, mesmo depois de tudo o que aconteceu entre eles

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- Pois o que eu acho é que essa é uma ideia burra do caralho. - mais tarde Clarinha dizia para Deivridi no escritório dela após ele acabar de contar sobre o susto que passou e a sua reconciliação com Pablo.

- Clarinha, ele precisa de mim.

Paula continuava em um canto, fingindo que fazia anotações para o trabalho quando na verdade prestava atenção em toda a conversa.

- Ele precisa de você, um namorado, ou ele precisa de um pai? Porque é uma diferença gigante.

- Vamos cortar esse papo, Clarinha. Eu sei que você é uma mulher ocupada. Então só me promete de uma vez que vai colocar o Pablo no elenco de 'É pau, é teta' que já vai começar a filmar.

Quando Corações Pegam Fogo (NOVELA +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora