Na indústria pornográfica, duas rivais donas de estúdios de filmagem vão travar uma batalha para determinar quem tem o estúdio de filmes pornôs mais bem-sucedido, porém tudo ficará mais complicado quando paixões, armadilhas e grandes revelações entr...
- Filme? Em que filme você viu a Trisha, menino? - a mãe de Arlon perguntou.
- É que... Droga, eu não tô conseguindo lembrar agora, mas eu tenho certeza que foi em um filme.
- Você está imaginando coisas, Maurizio. - Arlon disse desconfortável.
- Vocês me dão licença.
Ao pedir, Trisha já levantou com uma lágrima escapando de seu rosto e se apressou até ao banheiro.
- Ela estava chorando ou foi impressão minha? - o pai de Arlon perguntou.
Arlon então se levantou igualmente, deixando a mesa e foi atrás de Trisha. Mas Preta, a prima de Arlon, também foi atrás dele.
- Trisha. Trisha, por favor, fala comigo. - Arlon pediu batendo na porta do banheiro ao fim do corredor.
- Eu preciso de um minuto, Arlon. - Trisha disse lá de dentro com a voz chorosa.
- Vai ver que ela está naqueles dias. Você sabe... Coisa de mulher.
Quando Preta se aproximou dizendo, ela foi logo apertando a bunda de Arlon.
- Vaza daqui, menina. Não começa com essa besteira de novo.
- Será que dá pra você parar de me chamar de menina? - Preta sussurrava. -Eu faço 18 anos em poucos meses e eu quero você. Você sabe que eu sempre quis. Eu quero que você seja o meu primeiro.
Preta acariciou o rosto de Arlon, mas ele se afastou.
- Você está merecendo umas boas chineladas, uma surra de toalha molhada. Isso sim.
Logo, rejeitada mais uma vez pelo seu primo bem mais velho do que ela, Preta partiu desolada.
Após sair do banheiro, Trisha não permaneceu por mais muito tempo na casa. Ela e Arlon agradeceram aos pais dele pelo almoço e logo estavam no carro no caminho de volta para a cidade.
- Para aqui. Eu quero sair do carro. - Trisha disse de repente.
- O quê?
- Foi isso mesmo que você ouviu. Não vai funcionar, Arlon. Para que eu vou pegar um ônibus de volta pra cidade.
Arlon parou o carro no acostamento de forma brusca e se virou para Trisha com o coração ferido.
- Está terminando comigo?
- Arlon, eu não tenho estrutura pra isso. É pesado demais pra que eu consiga suportar. Toda vez que eu encontrar a sua família ficar sentindo esse medo constante de que vão me desmascarar, de que a minha carreira de atriz pornô será exposta e que vou ser apedrejada por todos. Eu amo você, mas... Eu não consigo.
Trisha saiu do carro.
- Trisha! Trisha! - Arlon chamou, mas foi inútil. Era o fim.
Naquela noite, Giliene estava por mais uma vez sozinha em seu apartamento. Deitada em sua cama com uma garrafa de cerveja numa mão e o celular na outra, ela revisitava fotos em que aparecia ao lado de Donaldo.
Giliene deu um gole na cerveja, chegou então a discar o número de Donaldo, estava prestes a fazer ligação... Mas se deteve. Não foi adiante. Ela bebia e olhava as fotos. A saudade queimava por dentro ao mesmo tempo que o orgulho gigante esmagava as chances de que ela fizesse o contato para dizer o quanto o queria ter de volta.
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