Cap. 37 - TRINTA MIL EM DINHEIRO

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Quando Pablo voltou para o apartamento, Deivridi já estava lá.

- Chegou cedo. - Deivridi disse a ele enquanto deitado no sofá, lendo os últimos acontecimentos do Twitter em seu celular. - A reunião foi mais curta dessa vez.

- Deivridi, eu quero terminar.

Boom. Foi assim. Direto e na lata que Pablo disse e Deivridi, agora sentindo que o chão desapareceu debaixo dele, até largou o celular, se virou para Pablo.

- O quê? Por quê?

- Eu beijei outro cara. Hoje. Meia hora atrás, na verdade. Aconteceu.

- Algum membro da reunião? - Deivridi perguntou e agora estava arrasado.

- Um cara novo que chegou lá. Deivridi, você é incrível e eu não quero ser um hipócrita. Eu que sempre duvidei de você e jurava que você ia me trair a qualquer momento... Daí sou eu que vou lá e beijo outra pessoa? Não. Eu não quero ser hipócrita desse jeito, então é melhor a gente terminar.

- Mas...Mas você ama esse cara? Ficou apaixonado assim? Tão de repente?

- Eu não o amo.

- Pois então! Foi só um beijo bobo. - Deivridi disse e se levantou do sofá, foi até Pablo e o abraçou. - Eu não quero terminar com você.

- Eu sinto que o que a gente tinha esfriou... A paixão enfraqueceu, Deivridi.

- Foi minha culpa? Eu fiz algo?

- Não. Fui eu que mudei. Eu amadureci. - Pablo disse e saiu do abraço. -Realmente não é nada que você tenha feito. Eu... Eu só quero ficar sozinho. - foi a sua palavra final.


No dia seguinte, bem na hora do almoço, Clarinha visitava a quitinete de Rondão pela segunda vez. Nessa nova visita ela levava uma bolsa que jogou com raiva e violência na cara de Rondão assim que ela entrou. Rondão logo abriu e começou a contar as notas de dinheiro, muito sorridente.

- Tá aí, os trinta mil reais que tu pediu. Mais algum desejo que eu possa realizar para Vossa Majestade de Merda?

- Senta aí, gata. Fica à vontade. - Rondão disse fechando a bolsa após checar.

- Sentarem algum móvel desse lugar imundo? Eu não. Medo de pegar alguma doença.

- Vem sentar aqui na minha piroca, então. Garanto que é gostoso e confortável.

- Aff, Rondão, eu não tô com a mínima vontade. Eu tô cheia de trabalho hoje lá no estúdio. Eu preciso voltar.

- Eu não perguntei se você quer ou não. Vem logo sentar. Agora.

- Sabia que eu posso denunciar você por abuso sexual?

- Sabia que eu posso denunciar você por assassinato duplo e ocultação de cadáver? E então? Piroca ou cadeia? O que você vai preferir?

- Eu tenho nojo de você. - Clarinha disse chegando bem próxima dele.

- Ótimo. Sexo com ódio costuma ser o tipo mais gostoso. - Rondão reagiu e agarrou as coxas de Clarinha.


Em outra quitinete igualmente minúscula, escura e nem tão limpa assim não tão longe dali, Pérola seguia com o seu negócio próprio. Após finalmente receber o pagamento do seu primeiro mês de atividade postando vídeos no site OnlyFans, Pérola alugou aquela quitinete e agora era ali onde ela filmava os novos vídeos. A quitinete estava tão lotada com tanta gente transando ao mesmo tempo, que Pérola tinha dificuldade para se espremer entre as pessoas para filmar tudo com o seu celular. Era gente transando em pé, deitada no chão, contra o vidro da janela...

Quando Corações Pegam Fogo (NOVELA +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora