Pv Frederick
Não sei como descrever como estou me sentindo agora, por um lado estou aliviado pelo que Hope falou e por ter aceitado meu abraço, mas ao mesmo tempo me preocupo com sua asma, pelo pouco que sei, resultando de pesquisas durante esses dias, ela pode piorar ou atacar em situações de muito estresse emocional. Então essa é minha atual preocupação, esqueço de todo o resto, e ela se intensifica mais ainda quando dou a bombinha a ela e aparentemente nada se resolve.
_ Hope, ainda não entendo totalmente como funciona a asma ou a bombinha, mas deveria demorar assim para ela fazer efeito? Por que parece que não está funcionando?
_ Não era para... demorar tanto assim... Eu não sei porque...
_ Então não fale querida, apenas tente se acalmar e respirar. Consegue ir até o carro? Quer que eu te carregue? Vamos para o hospital.
_ Não precisa, eu consigo.Vou a acompanhando de perto para que atrevesse a rua e entre no carro. Talvez possa estar exagerando ou talvez não, então prefiro pecar pelo excesso. Com ela já dentro do carro, faço uma ligação para minha irmã a procura de conselho sobre o que fazer, se tenho que leva-la para o hospital ou não. Soph me atende, deixo no viva voz para poder dirigir e não perder tempo, explico a situação e ela diz para ir para casa, pois ela já havia deixado remédios em casa para o caso de emergências.
Felizmente, estávamos perto e chegamos bem rápido, quando chego Sophie já me espera na porta da casa dos meus pais. Preocupado demais com ela, pego-a no colo e a levo para dentro de casa, Soph me manda levá-la para o quarto e já começa a examina-la._Meu amor, já tentou a bombinha mais de uma vez? - Ela concorda.
_ Vou ter que aplicar um remédio na veia. Já passou por isso e sabe que precisa, deixei o remédio em casa para emergências, então não precisamos ir ao hospital agora.Soph aplica o remédio e Hope não demonstra medo, minha irmã me explica que o remédio deve fazer efeito rápido e que ela também ira ficar sonolenta, o que vai ajudar a ela se acalma. Diz também que acha que não precisaremos ir ao hospital por já ter dado o remédio, mas que ficará aqui para acompanhar.
Fico ao seu lado todo o tempo para ter certeza que está tudo bem, enquanto fico fazendo carinho no seu cabelo para que saiba que sempre vou estar com ela daqui para frente, também fico feliz por ela não fugir do carinho hora nenhuma. Sua respiração se acalma e voltar a ser compassada, seus olhos permanecem fechados, então deduzo que tenha pegado no sono. Porém ela me surpreende ao abrir os olhos, olhos esses que não cansarei de ver como são iguais aos meus._Ainda acordada? Achei que tinha pegado no sono, estava tão serena. Se sente melhor?
_Sim, estou melhor e não vai demorar a pegar no sono. Se quiser ir, o remédio logo me derruba.
_Não irei a lugar nenhum, sei que faz pouco tempo e que talvez possa ser estranho, mas você é minha filha e não vou sair daqui, nem da sua vida. Ou melhor, só sairei se você quiser, vou respeitar sua vontade acima de tudo, procurei sempre te entender.
_Acho que gosto que queria ficar. Não sei como vai ser daqui para frente, mas por agora isso basta.
_ Não precisa pensar em tudo agora, podemos ir pouco a pouco.
_Uhu-um. Queria te falar que não sinto raiva de você, só lamento não ter me encontrado antes.
_Eu também lamento, acredite, se pudesse escolher, escolheria saber desde o inicio. Mas talvez eu não pudesse ser seu pai verdadeiramente naquela época, mas agora eu posso e vou ser.
_Isso é bom.Depois disso, ela acabou pegando no sono e fiquei por muito tempo velando seu sono. E tudo se seguiu bem depois disso, não foi preciso ir ao hospital, nem tomar mais remédios.
...
Os dias foram passando e com o tempo tenho tentado me aproximar dela, tenho passado o maximo de tempo possível com ela. Aparentemente ela tem gostado, mas ainda me trata como antes, como um amigo ou irmão, não que isso seja ruim, apenas não mudou nada ainda. Mas tento não forçar nada, sei que ela precisa do tempo dela. Tenho levado e buscado ela na escola sempre que posso, conheci seus amigos da escola e sai uma vez com Helena e ela.
Mas por mais que ainda não me trate com pai, nos temos nos aproximado muito. Por exemplo, agora estou indo buscá-la na escola para fazermos algo depois.
Quando paro na frente da escola vejo uma cena que me deixa um pouco incomodado, vejo uma menina falando algo a Hope e ela abaixando a cabeça, sinto que ela está falando algo que está deixando minha filha desconfortável. Solto o cinto e saio do carro em sua direção para defende-la, mas sua amiga, Catarina, é mais rápida e já empurra a outra menina.

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Sob um novo olhar
Novela JuvenilAnnabeth Hope é uma menina que cresceu em um orfanato, que mesmo que todas circunstâncias estivesse contra ela, pois desde cedo sofreu muito, filha de uma viciada, nao conheceu seu pai e sempre foi alvo das chacotas. Todavia, ela tornou-se uma garot...