Dias atuais...
Annabeth, mais conhecida como Hope, agora uma menina vivendo a adolescência enfrentou varios obstáculos ao longo de sua vida. Passou por graves crises alérgicas e de asma, superou a falta de um genuíno amor maternal e até mesmo fraterno, uma vez que sofreu muito nas mãos das outras crianças do orfanato e escola. Por ter sido uma menina muito bonita e possuir aqueles fascinantes olhos, sempre causavam inveja naqueles que viviam em sua volta e por isso sofreu com o bullying, tornando-se solitária em ambientes juvenis a fim de evitar aqueles velhos comentários:
"Estranha, sardenta, nerd, e por ai iam sem fim"
Devido isso e sua incrível inteligência criou uma conexão com os adultos e principalmente com os idosos, já que esses não a discriminariam. Foi dessa maneira que começou a ajudar em um asilo, além de que dessa forma poderia começar a juntar dinheiro para quando alcançasse a maioridade e tivesse que sair do orfanato, pudesse ter uma fonte de renda temporária e limitada até que se estabiliza-se.
Foi em um desses dias enquanto ela realizava seu rotineiro percurso que uma fatalidade mudará sua vida para sempre.Ponto de vista(PV) Hope
Acabei de sair de mais um daqueles dias na escola, hoje as meninas resolveram pegar no meu pé, eu até tento evitar, ficar no meu canto, costumo não sair da minha sala nos intervalos ou ficar na sala dos professores e funcionários. Mas hoje não consegui evitar, tive aula de educação física e apesar de quase nunca participar, a professora substituta nao quis saber de mim, nem me deu a oportunidade de falar com ela e me obrigou a praticar a aula como todos.
Que saudade da professora Lúcia, ela sempre me ajudou, mas não posso reclama, tenho que ficar feliz por ela, afinal ela tirou licença para ganhar seu filho e deve estar dando muito amor a ele numa hora dessa.
Além de não me dar bem com uma bola, o que eu mais temia aconteceu, enquanto eu jogava, ou melhor tentava jogar uma partida de vôlei tive uma falta de ar devido à asma, tive que usar minha bombinha no meio do jogo e de quebra ainda ganhei uma bolada por estar distraída, na verdade ocupada tentanto respirar. Isso só deu mais motivos para os outros começarem e não pararem mais de fazer chacotas comigo até o fim da aula. Apesar disso as aulas de hoje foram bastante proveitosas já que consegui tirar algumas dúvidas de matérias que os professores ainda nem tinha passado e nem sei se passariam, afinal a turma nao colaboravam ou se interessavam, então eu sempre estudava sozinha e tirava dúvidas em sala.
Mas agora, graças a Deus, a aula acabou e estou indo até a estação de metro para ir ao asilo, vou andando imersa em meus pensamentos, é incrível como já estou cansada psicologicamente e ainda não passou nem o almoço, pelo menos a estação é perto e posso fugir um pouco desse sol escaldante. Tive que correr um pouco para conseguir entrar no trem, já que é horário de 'rush' e o está bem cheio, por sorte um homem me viu uma ofegante devido a corrida até aqui e me cedeu um lugar para sentar. É, pensei, hoje não é um dia ruim, apesar de não ter começado maravilhosamente bem, quem sabe seja um dia de sorte.
Acabei de descer na minha estação, estou descansada porque consegui vir metade do caminho num assento, mas tive que ceder-lo à uma senhora. Comecei a subir as longas escadas pensando em como sinto falta da única pessoa que me amou, pelo menos um pouco, e como ela faz falta la no orfanato, tomara que volte logo, sinto saudades da...
Meus pensamentos são interrompidos quando sofro um forte esbarrão no patamar da escada, quando levanto a cabeça para pedir perdão, me assusto e sinto medo me deparar com um homem mal encarado, forte e alto. Mesmo assim, vou me desculpar:
_ Perdão moço, esbarrei em você porque estava distrai...Sou interrompida antes mesmo de acabar de falar.
_ Passa o celular e toda o dinheiro.
Só então me dou conta de que isso é um assalto e me aparovo.
_ Moço, eu não nada, só tenho meu passe do metro.
_ Larga de caó, e passa logo essa mochila para cá.
_ Eu não nada, são só meus materiais da escola.Vejo que isso só o deixa mais nervoso e começo a entrar em pânico e ter falta de ar. Então, ele perde a paciência e me pega pelo braço, o aperta muito e me sacode. Falo já chorando:
_ Para, por favor, está me machucando.
_ Sua mentirosa, sei que você tem algum celular ou dinheiro nessa mochila e vc vai me dar.Disso em diante, tudo acontece muito rápido, ele me vira em um movimento brusco e arranca minha mochila. Com isso perco meu equilíbrio e tropeço na escada, apartir dai só sinto dor ao rolar escada abaixo, quando enfim a tortura de estar batendo em cada degrau acaba, só desejo que essa dor, a pior dor que já passei na vida, acabe. Logo, sinto pessoas se aproximando e falando, mas não tenho tempo de entender porque tudo escurece e não sinto mais. É, hoje realmente não é um dia de sorte.

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Sob um novo olhar
Roman pour AdolescentsAnnabeth Hope é uma menina que cresceu em um orfanato, que mesmo que todas circunstâncias estivesse contra ela, pois desde cedo sofreu muito, filha de uma viciada, nao conheceu seu pai e sempre foi alvo das chacotas. Todavia, ela tornou-se uma garot...