As festas estão retornando. Ninguém encontrou se quer um único vestígio da criatura que matou aqueles pobres jovens em uma das primeiras noites do carnaval. Esta cidade não tem medo de nada. Eles esquecem rápido, pois a libido de quem mora por aqui é tão imensa que desvia qualquer pensamento de perigo. Eles não querem se esconder, querem aglomerar-se, não querem dar depoimentos, querem falar putaria no ouvido dos companheiros. Joseph me contou que hoje cedo um policial veio até minha casa. O homem lhe fez apenas algumas perguntas, e Joseph disse que o homem fardado mais olhava para o volume em sua calça do que analisava as suas expressões enquanto ele falava.
— Por que você não o colocou pra mamar? — Perguntei.
— Não tive vontade. — Joseph respondeu — Gosto mais quando você faz isso.
As viaturas haviam diminuído. As ruas estavam voltando a ficarem cheias e por conta disso eu não poderia mais ir até a casa de Clarita... nem se eu quisesse. Ouvir aqueles gritos e aquele bando de pessoas girando com suas bebidas nas mãos enquanto usam suas roupas coloridas me evocaram lembranças que haviam sumido de minha memória, mas que agora voltaram sem nenhuma razão.
Não me lembro que ano isso aconteceu e não me lembro qual era a minha idade. Só me lembro que era dia do folclore, e esse era o tema do filme pornô que uma equipe de filmes adultos veio gravar por aqui. Lembro da atriz Madeleine Rodrigues fantasiada de Emília. O vestido parecia mais uma camiseta de tão curto que era. Dava pra ver sua calcinha vermelha quase que completamente enfiada na bunda. Pude ver um pouco de sua carne e a fina linha vermelha de tecida entre os dois lados de carne rosada que inchavam. Também havia o ator Ramon Bertulino fantasiado de Saci. Alto, negro, musculoso e com um sorriso jovial e meigo. Às vezes eu não sabia para onde olhar: Para o sorriso dele, ou para a jeba gigantesca que balançava dentro daquele folgado short vermelho quando Ramon caminhava.
Somorra ficou maravilhada com aquelas duas belas figuras que andavam livremente pelas ruas, cumprimentando qualquer um que passava como se fossem duas celebridades conhecidas. Eu os vi apenas uma vez de minha janela, mas essa rápida olhada foi o bastante para bater três punhetas seguidas.
O filme começou a ser gravado na floresta, próximo a uma cabana onde os atores e a equipe se hospedaram. Eu queria ter ido até lá, mas não pude, meus pais não permitiram. Mas eu sei de tudo o que aconteceu por lá, pois a história se espalhou pela cidade já que os moradores foram os verdadeiros protagonistas de tudo.
A maioria das pessoas que falavam sobre isso contavam a história com um certo olhar malicioso enquanto relembrava os detalhes, outras falavam como se estivessem a contar um acontecido comum. Eu conheci essa história graças aos meus colegas de classe, já que boa parte de seus pais participaram do ocorrido.
— Quando meu pai chegou lá ele ficou muito bravo, pois já tinha mais de 30 pessoas ao redor deles. Ele mal conseguiu participar. — Disse Otávio, o filho do barbeiro a dois quarteirões de minha casa.
— O meu conseguiu chegar bem cedo. Tinha só umas 15 pessoas quando ele apareceu lá, mas quando o restante começou a chegar, ele ficou muito irritado porque minha mãe apareceu no meio deles, e ela já estava pelada! — Falava Betinho, filho de Rômulo e Betânia, os donos do bar próximo ao cemitério de Somorra.
— O Saci estava metendo bem fundo na bundona da Emília quando eles chegaram. Ouvi dizer que ela gritava que nem uma cadela atropelada e que pensaram que o Saci usava um bastão de homem das cavernas invés do pinto, de tão grandão que ele era. — Dizia Matilde entusiasmada enquanto as outras crianças se ajeitavam no círculo no meio da sala. — Os homens das câmeras nem perceberam quando os primeiros 15 chegaram, mas a Emília percebeu quando viu o primeiro se aproximar abaixado entre os arbustos. Ela gritou! Berrou! E isso fez com que os homens da câmera saltarem de susto e derrubarem a câmera. Então o resto das pessoas se aproximaram, 10 deles estavam com o pinto de fora e eles gritavam "Queremos participar!". Um dos câmeras puxou uma arma e apontou para os moradores de Somorra, mas eles nem ligaram. Avançaram em cima do Saci e da Emília e começaram a fazer coisas com eles. O homem puxou o gatilho da arma e matou 4 de nós, mas depois disso ele foi atacado e espancado até quase morrer. Enquanto isso não parava de chegar gente e todos fizeram coisas com os dois atores.
— E depois?! E depois?!
— E depois nada aconteceu. Os Somorrences disseram que os atores transaram com quase todo mundo da cidade por livre e espontânea vontade e depois um dos homens das câmeras enlouqueceu de ciúmes da mulher e atirou contra 4 moradores de Somorra. A polícia daqui confirmou toda a história já que eles também participaram.
— E o que aconteceu depois? O que houve com o Saci e a Emília?
— Os câmeras levaram eles de volta pra cidade. Deixaram os dois no hospital e foram direto pra polícia. Mas o fim da história eu já contei pra vocês. Não aconteceu nada com os Somorrences.
Eu ouvi aquela história com um sentimento de inveja terrível. Se eu não fosse tão novo naquela época, eu poderia ter participado. Agora eu cresci e posso fazer tudo o que eu quiser. O carnaval voltou. Mergulharei nessa orgia colorida com Joseph e misturarei sangue com sêmen até que os primeiros raios venenosos de sol pairem no céu.
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O Vampiro Libertino - Sangue E Sêmen Livro 1 (+18 CONCLUÍDO)
Vampiros***AVISO DE GATILHO: ESTE LIVRO POSSUI CENAS DE SEXO E VIOLÊNCIA EXTREMAMENTE DETALHISTAS*** * 5 vezes o primeiro lugar em "Crônica" "Eu era apenas um simples garoto. Tão simples a ponto de parecer que nem sequer havia sonhos dentro de mim. Eu não a...