Por que ele? o que Drácula veria em um homem velho e sem graça feito esse homem? Ele já tinha uma família, ele tinha para o que viver, já realizou todos os seus desejos. O que Drácula poderia lhe dar? a imortalidade não servia para este indivíduo.
— Você quer saber por que eu, moleque? quer saber por que Drácula também me fez um vampiro? não precisa ficar com ciúmes, pois eu não sou um queridinho dele feito você! Saiba que tudo o que mais quero na vida é matar aquele filho da puta!!!
— O que você fez com a professora Keila?
— Eu vi quando você a levou para a floresta. Ela ainda estava viva. Então eu a trouxe para a minha casa com o intuito de salvá-la. Mas ela estava tão faminta que tentou atacar a minha filha, então eu dei um fim nela.
O vampiro caminhava ao redor de mim enquanto eu permanecia no chão. Eu sentia a sua raiva, e ela não se limitava apenas a mim, mas também a Drácula.
— Agora fique quieto. Vou te contar a minha história, como eu terminei como você — Disse ele — Acho que você ainda não sabe o meu nome. Me chamo Ernesto. Muitos me chamam de Madrugador por causa da minha insônia. Sou assim desde criança. Sempre tive dificuldades para dormir. Passava as noites em claro passeando dentro de casa e aprontando com as coisas da minha mãe. Apanhei muito por isso. Meus irmãos eram uns santos comparados a mim.
— Eu não quero ouvir essa merda de história!
— CALE A BOCA! — Ernesto deu uma pisada no local onde havia me perfurado. Gritei. — Saiba que minha rua é bem pouco habitada. A maioria das pessoas que moram nessa rua são velhos e mal conseguem ouvir de perto, quem dirá de longe. Quanto aos mais novos, estou a hipnotizar todos eles para que não acordem. Consegui dominar os meus poderes com muita facilidade desde que fui transformado.
Ernesto Madrugador sentou-se com as pernas cruzadas bem ao meu lado. Joseph havia parado de correr e escondeu-se atrás de uma árvore a poucos quilômetros de onde estávamos.
— Eu estava sem conseguir dormir, pois minha esposa estava com uma gripe infernal ao meu lado e suas tosses tiravam o meu sono. — Começou ele — Eu discuti com ela naquela noite, como se ela tivesse culpa de ter pego aquela maldita gripe. — Ele suspirou — Eu saí do quarto, pois estava vendo a hora de meter a mão na cara dela. Fui ao banheiro e lavei o meu rosto com água gelada, pois fervilhava de raiva. Depois fui para o sofá. Estava planejando dormir por lá mesmo, mas estava muito frio e eu tinha esquecido de trazer um lençol do quarto. Estremeci com a raiva novamente, rangi feito um urso selvagem até minha garganta queimar. — Ele pausou por alguns instantes e sentou-se ao meu lado com as pernas cruzadas. — Eu desisti de ir ao meu quarto, e invés disso fui para o quarto de minha filha para pegar um de seus lençóis emprestados, pois sabia que lá haviam vários. Subi as escadas bem devagar para não a acordar, porque a coitada havia levantado bem cedo naquele dia para estudar para o vestibular. Ela sempre quis fazer medicina. Fui na ponta dos pés até a porta do quarto dela. Estava semiaberta. Uma sensação de congelamento me apoderou só de me aproximar de lá e imaginei que ela pudesse ter esquecido as janelas abertas. Mas quando eu arrastei a sua porta, vi aquela figura encapuzada ajoelhada nos pés da cama de minha filha, segurando as suas duas pernas e com a boca na sua... ele estava fazendo movimentos de subir e descer com a língua, porque minha filha estava naquele período de...você sabe, moleque. Por isso ele não a mordeu, pois estava se saciando com o sangue que saía de lá. O absorvente de minha filha estava longe, preso na janela aberta. Enquanto a mim...estava paralisado diante daquela cena, mas só foi aqueles olhos vermelhos e brilhantes virarem para olhar para mim no meio daquela escuridão, que o meu instinto de pai protetor acordou e eu avancei em cima daquela coisa. Finquei os meus dedos naqueles olhos e comecei a perfurá-los. A criatura gritou e fincou suas garras em meu peito e o rasgou como se tivesse garras de tigre no lugar das unhas. Eu gritei, e Clarita despertou. Ela também avançou em cima da criatura para me proteger, mas o maldito a atirou para longe. Clarita foi arremessada para fora de seu quarto e chocou-se contra uma parede. Ela logo desmaiou. Meu ferimento ardia e eu gritava. Já a criatura...sorria para mim com seus dentes enormes e olhos extremamente vermelhos e faiscantes. A neblina entrava no quarto e o rosto daquele vampiro era tão branco que parecia fazer parte da fumaça branca e gelada que cobria toda a rua do lado de fora. O vampiro virou-se lentamente para Clarita e grunhiu. Nesse momento, eu sabia que ele iria atacá-la, sabia que minha filha seria dilacerada na minha frente enquanto estivesse desmaiada. Por isso eu ignorei o meu ferimento e saltei nas costas do vampiro enfiando novamente os meus dedos em seus olhos. Dessa vez senti o sangue escorrer em sua face gélida. Ele conseguiu se soltar de mim, e após vários lamentos de dor olhou bem dentro dos meus olhos. O sangue em seu rosto parecia sangue na neve. Ele saltou em cima de mim e agarrou a minha face com força, pensei que ele fosse espremê-la como uma laranja, mas invés disso ele cravou os seus dentes em meu pescoço. Eu tremi em seus braços enquanto tinha os meus olhos arregalados fixos nos olhos do vampiro. Então ele me largou no chão gelado do quarto de minha filha e saltou pela janela.
Não sei o que me deu, mas ouvir aquela história me fez dar altas gargalhadas. Madrugador me fitava com olhos de um animal selvagem, mas eu não senti medo. Invés disso, continuei a dar gargalhadas, até que ele se levantou e com um forte impulso chutou a minha cabeça com violência. Dei 3 giros pelo chão graças ao chute e senti minha garganta arder enquanto cambaleava. Cuspi uma grande quantidade de sangue quando parei de girar.
— VOCÊ ACHA ESSA PORRA ENGRAÇADA MOLEQUE?! VOCÊ ACHA?!!! VOCÊ SABE QUEM FOI A MINHA PRIMEIRA VÍTIMA?! VOCÊ SABE?!! A MINHA MULHEEEER!!! EU A MATEI!!! EU MATEI A PORRA DA MINHA MULHER... — A os poucos os seus berros foram se transformando em lamentos baixos — eu a matei... eu... eu... no fim... no fim da noite quando acordei surtado e a encontrei socorrendo Clarita, que ainda estava desacordada, eu avancei...avancei em cima dela e arranquei os seus lábios com minhas presas. Eu os mastiguei logo em seguida. Não era eu quem estava ali, era um animal. Depois cravei meus dentes em seu pescoço e a suguei até a morte enquanto o sangue dos seus lábios arrancados me banhava... eu tive...tive que me livrar do corpo e dizer para as autoridades que minha esposa havia sumido...disse que ela havia fugido porque não queria mais viver com a gente...e Clarita...Clarita não sabia disso até poucos dias...eu contei para ela e ela me odiou. Mas com o passar dos dias ela viu o meu sofrimento... viu que eu não queria ter feito aquilo e que tem um demônio dentro de mim — Madrugador suspirou — No fim das contas ela me perdoou.
Ele baixou sua cabeça e começou a chorar. Lágrimas de sangue desciam pela sua face pálida e cadavérica. Eu estava sorrindo novamente, e mais uma vez a ira apoderou-se dele. O vampiro me pegou pelo pescoço e me levou para o alto. Ele estava pronto para me matar, vi isso dentro dos seus olhos.
— Você se gabava ao pensar que era o único vampiro da cidade, mas agora o único vampiro serei eu.
— E se... e se eu descobrir a cura para você? — Falei com dificuldades
Sua feição de ira mudou. Agora ele parecia pensativo.
— Eu posso... eu posso conseguir pra você. — Continuei — Drácula... ele as vezes aparece na minha cabeça, me ensinando coisas de vampiro..., mas..., mas eu acho que já aprendi de tudo, por isso ele não apareceu mais. Só que eu posso tentar... posso pedir para que ele me traga a cur...
Madrugador me largou.
— Ou você pode simplesmente atraí-lo até mim! Para que eu possa dar um fim naquele demônio!
Vi que Clarita nos observava da porta de sua casa. Suas expressões eram indecifráveis. Madrugador virou e foi na direção de sua casa. Logo Clarita entrou e ele fez o mesmo em seguida. Eu continuei ali por um bom tempo, pensando e refletindo, até que ouvi o som de uma viatura vindo na direção da rua. Encontrei Joseph e juntos fomos para casa.
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O Vampiro Libertino - Sangue E Sêmen Livro 1 (+18 CONCLUÍDO)
Vampiri***AVISO DE GATILHO: ESTE LIVRO POSSUI CENAS DE SEXO E VIOLÊNCIA EXTREMAMENTE DETALHISTAS*** * 5 vezes o primeiro lugar em "Crônica" "Eu era apenas um simples garoto. Tão simples a ponto de parecer que nem sequer havia sonhos dentro de mim. Eu não a...