Acordei as 19 horas quando boa parte do céu estava forrado por estrelas que brilhavam sem a inconveniência de nuvens sorrateiras para ofuscá-las. Mais uma vez os meus lábios estavam secos, assim como todo o meu corpo. Levantei de meu caixão rapidamente e vesti a mesma roupa da noite anterior. Penteei meus cabelos da mesma forma que meu mestre penteava, estilo anos 40, com um bom gel para segurá-lo e deixá-lo brilhante como as estrelas lá fora.
É o segundo dia de carnaval e parece que a música nunca para. Ouço os hinos carnavalescos virem de toda parte, as ruas continuam inundadas por latinhas e confetes. Sinto cheiro de esperma vindo de diversas camisinhas usadas espalhadas nos becos próximos a minha casa. Posso sentir o calor corporal dos corpos que estiveram ali. Aquilo me excitava.
Meus pais estão dormindo, os deixei fazer o que quisessem hoje, apenas ordenei que fingissem que eu não existo e que não fossem a igreja. Fiz alguns testes assim que acordei e descobri que não é tão difícil de colocá-los em transe.
Minha noite foi bem planejada. Hoje pretendo fazer várias vítimas, pois sinto que o sangue de minha professora não foi o suficiente na noite passada.
Eu já estava pronto para descer para saciar a minha sede quando uma voz familiar me chamou bem abaixo de minha janela.
— LUTERO, VOCÊ ESTÁ ACORDADO?! — Gritava a pessoa.
Eu conhecia aquela voz, mas não me lembrava de quem era o dono dela. Fui até a janela para verificar, e lá estava Joseph, um antigo vizinho e amigo que a muito tempo mudou-se para 3 quadras de distância e logo esqueceu-se de mim ao fazer amizade com os seus novos vizinhos.
— Ahh! você está aí! Abre a porta para mim, faz uns dez minutos que grito por você.
Eu não lhe lancei nenhuma expressão, apenas mantive os meus olhos vermelhos fixos em seu rosto. Ele não havia sequer notado a nova coloração de meus novos olhos.
Desci sem nenhuma pressa e abri a porta para Joseph, que deu um leve sorriso natural ao me ver. Ele estava bem diferente da última vez que o vi, com ombros largos e cabelos ondulados penteados de uma forma mais comportada. Usava uma camisa amarela mostarda e uma bermuda moletom acinzentada que marcava um pouco de seu pau que parecia ser muito grosso. Agora ele tinha um bigode e um cavanhaque, seus dentes sem aparelho bem brancos e alinhados, seu sorriso poderia ter me encantado se eu não me lembrasse de seu abandono.
— Você agora é emo? — Perguntou ele sorrindo desconfortavelmente ao fim da pergunta — Eu gostei muito, e onde você comprou essas lentes?
— Na loja de fantasias. — Respondi friamente.
— Você e seus pais estavam dormindo?
— Sim, apenas eu acordei. Eles ainda estão dormindo, exaustos por conta do carnaval.
— Mas seus pais não eram católicos?!! — Perguntou surpreso.
— Não são mais.
Joseph fez mais uma cara de surpresa e depois me olhou de forma desconfortável enquanto procurava novos assuntos em sua mente.
— Não quer entrar? — Perguntei cortando os seus pensamentos.
Ele olhou para dentro de minha casa com uma feição que denunciava não querer incomodar, mas no fim das contas fez que sim com a cabeça e entrou.
Senti o seu cheiro másculo quando ele passou pela porta, cheguei a fechar os olhos e levantar a cabeça como se puxasse o cheiro para mim de tanta admiração por aquele aroma. Mas logo o cheiro do sangue circulatório de suas veias chegou ao meu nariz e logo me fez esquecer do macho com hormônios a flor da pele que estava em minha frente. Meu corpo tremeu e senti as veias circularem a minha testa. Eu estava em modo de inconscientemente atacá-lo e lutava contra isso, pois aquele não era o momento certo.
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O Vampiro Libertino - Sangue E Sêmen Livro 1 (+18 CONCLUÍDO)
Vampir***AVISO DE GATILHO: ESTE LIVRO POSSUI CENAS DE SEXO E VIOLÊNCIA EXTREMAMENTE DETALHISTAS*** * 5 vezes o primeiro lugar em "Crônica" "Eu era apenas um simples garoto. Tão simples a ponto de parecer que nem sequer havia sonhos dentro de mim. Eu não a...