Longe do meu filho

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Bárbara

Nesse momento meu filho está na minha casa se enchendo de porcaria com a Angélica.

Ela é uma vó coruja.

O jantar estava sendo super estranho, Bruno e a Tainá estavam guiando a conversa. Enquanto eu e o traste na minha frente ficamos só concordando.

— então vocês pretendem ter outro filho ?- mas que pergunta agressiva

— Acho que não é o memento pra isso- sorri simpática

—- Então vai ter um momento ?- foi a primeira vez na noite que o Victor se dirigiu diretamente a mim .

Qual o problema dele ?

—  quem sabe - dei de ombros

Eu não planejo de forma nenhuma engravidar. Mas não planejava na primeira também.

— E vocês? - Bruno perguntou- você parece gostar de crianças e o Victor disse que gostaria de ser pai.

— Victor  e eu não chegamos a essa etapa ainda, mas eu adoraria .- sorriu pro namorado.

Eu tenho pena dela mas uma garota iludida .

— se conhecem a muito tempo ?- meu namorado é um fofoqueiro

— desde que ele se mudou pra Londres

Levantei meu olhar em direção ao Victor, ele engoliu em seco.

Sabia o que eu estava pensando .

Ele me traiu? Rejeitou meu filho por causa dela ?

— vocês formam um casal lindo- argumentei com um sorriso.

— obrigada- Tainá agradeceu

Eu só queria ir embora daqui .

— podemos sair mas vezes antes de você voltar pra Londres .

Qual foi Bruno pensei que me amasse. Seu falso

Estávamos comendo em silêncio era uma vez ou outra que eram ditas algumas palavras .

— E o jogo tá de pé ainda ? Bruno questionou

— sim, amanhã as 18.

— Ele vai junto ? - questionei meu namorado

Pedro estava animado pra sair amanhã, só não sabia que esse  idiota ia junto

— sim

Levantei meu olhar pro Victor.

Que porra ele tá fazendo?

Ele também estava me encarando, como se ele estivesse na razão.

Alguém me segura .

— vou ao banheiro - ele disse quebrando o olhar

Fazia dois minutos que Victor tinha saído da mesa

— licença, preciso ligar e conferir se o Pedro está bem

Eles assentiram e  eu levantei.

Eu ia ligar pra Angélica, mas também ia dar um basta nisso .

Fui até a porta do banheiro masculino e fiquei esperando o traste.

Não demorou muito pra ele sair.

Ficou obviamente surpreso em me ver

— Não precisa se explicar- será que ele aderiu algum tipo demência?

— me explicar- mate um homem- vai a merda

Ele abriu a boca e fechou varais vezes

Me aproximei

— quero você longe do meu filho

— Ele não tem nada haver com isso, é só a droga de um jogo de futebol.

— Eu levo ele ou o Bruno. Ele não precisa da sua companhia

— pergunta pro moleque quem ele quer que acompanhe ele - ele tinha um sorrisinho no rosto.

— Eu estou dizendo pra você se afastar. Ou você faz por bem ou eu vou te obrigar a fazer isso.

Ele deu um passo na minha direção, me encarando

— vai fazer o que ?

— Não se esqueça que sou uma advogada e tenho bastante influência.- ele riu desacreditado

— uau - respirou fundo - você que tomou a porcaria de decisão pro nosso término e agora vai me tratar como um vilão .

—- faria isso muitas outras vezes. Devíamos ter botado um fim antes mesmo de você ir embora evitaria decepção- ele engoliu em seco

—- É devíamos,  não vou julgar  sua escolha. Mas me tira uma dúvida quanto tempo depois de eu ir embora você foi dar pra ele ? - obviamente ele tava falando do Bruno - ou eu ainda estava aqui ?

O próximo barulho no ambiente foi da minha mão contra o rosto dele .

— você não tem o direito de falar um A pra mim seu merdinha .

Virei as costas e fui pra rua falar com meu filho .

Conferi que meu pimpolho estava bem e voltei pra mesa que agora só faltava eu.

Sentei de frente pro marginal que estava com a bochecha esquerda vermelha .

Me arrependi pra caralho.

Devia te dado um soco .

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