É meu filho?

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Victor

A palavra vovó está dando eco dentro da minha cabeça .

— vai embora Victor não quero confusão - disse respirando fundo .- e você também Tom .

—- acho que precisamos conversar

—- não temos nada pra conversar- ela apontou pra porta

—  João Pedro é assunto suficiente.- eu ainda estava indignado

—- meu Deus Victor Augusto, qual a porra do seu problema? - a irritação na sua voz era quase palpável - você não pode vir na minha casa depois de  quase três anos e querer conversar.

— QUAL O MEU PROBLEMA?- ela só pode tar de brincadeira - qual o seu problema? O Pedro acabou de chamar minha mãe de vó.

—- Victor acho melhor a gente ir vocês conversam melhor depois, já é tarde e o garotinho vai ficar assustado com a gritaria .

Ele tinha razão Pedro, já estava assustado .

Lancei um último olhar pra Bárbara e segui Tom até o lado de fora da casa

— tudo bem ?

Que tipo de pergunta é essa ?

— é meu filho ?- engoli em seco

— sim é- ele me encarava seriamente- ela descobriu a gravidez três semanas depois que você foi embora

— por que ela não me contou, ela não me disse nada

Eu não consigo explicar o que estava sentindo aquele garotinho é meu filho. E eu perdi dois anos da sua vida.

— sinto muito - botou a mão no meu ombro- fiquei em choque também quando ela disse que não queria te contar.

— por que ela não queria ?- minha voz saiu falha - ela sabia que eu voltaria se fosse preciso

—- talvez ela quisesse que você voltasse .

Me afastei dele indo pro carro.

Eu só precisa ir pra casa .

— cara você já bebeu demais, isso não vai resolver a situação

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— cara você já bebeu demais, isso não vai resolver a situação

—- então me diz Arthur como eu vou resolver essa situação- sorri sem humor - doeu pra caralho quando eu levei um pé na bunda. Mas  saber que eu tenho um filho e que  perdi dois anos da vida dele dói muito mais .

—  Eu sei cara- respirou fundo - sei que é difícil mas você não vai encontrar uma solução em uma garrafa de vodka. Você precisa conversar com ela- tomou a garrafa da minha mão - agora vai tomar um banho que vc tá fedendo a álcool e desespero.

 Você precisa conversar com ela- tomou a garrafa da minha mão - agora vai tomar um banho que vc tá fedendo a álcool e desespero

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Acordei com uma dor de cabeça infernal .

Meu celular estava cheio de mensagens da minha mãe.

Mas não estava com cabeça pra conversar com ela, afinal ela podia ter me contado sobre o Pedro eu tinha direito de saber .

Tomei meu banho, tentando aliviar a dor mas foi o mesmo que nada .

Estava tomando meu café quando a campainha começou a tocar .

Que merda.

Abri a porta dando de cara com o Tom. Será que tem como o dia ficar pior .

Folgado como sempre ele já foi entrado no apartamento e se sentando no meu sofá .

—- o que faz aqui ?

— sei que não somos amigos Victor, e isso não vai mudar agora, - respirou fundo- mas você deve estar em choque. Estou aqui pra te ajudar, sem ódio pelos - olhou o relógio - 30 minutos .

Eu precisava de informações ele era a fonte mais perto.

— todos sabem? Minha mãe, pai, irmã ?

— sim, se não me engano Carolina foi a primeira a saber

Uau, eu não sei nem o que dizer .

— por que não fiquei sabendo?

— Bárbara não quis contar, não sei o porque. Convenceu todos a fingir que à gravidez  não ocorreu .

— mas eu tinha o total direito. - passei a mão no rosto demostrando minha frustração

— ela não vai permitir que você se aproxime do João Pedro

— Ela não pode me impedir.

Ela não é nem louca .

— escuta o que estou te dizendo garoto, ela não vai  facilitar .

— O que eu faço ?- a que nível cheguei pedindo conselho pro abutre do TOM

— ache um advogado o mais rápido possível.

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