- Eu andei pensando, e queria falar com você sobre eu não usar mais aliança - solto de uma vez antes que perca a coragem.
- Como assim, amor? Você quer terminar? - se apavora.
Baixo os olhos e respiro fundo.
- Não amor, eu te amo, quero continuar com você. O problema é que acho que criei tipo um trauma devido ao acontecimento com Ruan, e desde o sonho de ontem cada vez que olho para minha aliança meu estomago se revira com as cenas de você com a minhoca loira..
Ele fica em silêncio apenas me observando. Depois de alguns segundos, que parecem uma eternidade, ele fala.
- Eu faço psicologia, amor. O pai do Henrique é psicólogo, ele comentou sobre isso. O nome é memoria traumática, o acesso à memória traumática se dá por meio de situações que fazem a pessoa reviver qualquer um dos sentimentos relacionados a memória traumática. Isso acaba configurando uma série de gatilhos que culminam na angustiante sensação de volta à experiência do trauma.
(FONTE:https://blog.psicologiaviva.com.br/o-que-e-trauma/)
- É. Eu te amo, você sabe disso, e eu não acho que nosso namoro se define ao uso da aliança ou não. - falo com o coração doendo, pois entendo o receio dele de eu simplesmente parar de usar a aliança, mas ao mesmo tempo isso dói em mim, as lembranças me invadem, quase sufocando.
- Eu entendo amor. Claro, vou estranhar você não usar a aliança mas vou continuar usando. Você pode colocá-la naquela corrente que te dei mas você perdeu o pingente. Assim você mesmo não usando no dedo vai sempre estar com a aliança.
Sorrio e ele levanta da cama indo em direção a minha penteadeira e me olha como se estivesse pedindo permissão.
Aceno com a cabeça e ele abre a pequena gaveta, pegando a correntinha.
Brian vem em minha direção, pega minha mão, tira a aliança e tira a dele também.
Ele passa a correntinha por dentro da minha aliança, junta as duas na palma da mão e se ajoelha.- Vitória Brooks Peterson, amor da minha vida, você aceita de novo namorar comigo?
- Claro que aceito, já o fiz uma vez.
- Mesmo sabendo que eu sempre terei ciúmes do irlandês e do Baker ( Lucas)?
- Ainda sim aceito.
- Mesmo sabendo que eu vou acabar te irritando algumas vezes e te encher a cabeça com, como você diz, " papo de psicólogo" ?
- Aceito
- Sabendo que...
- Não adianta - o interrompo - você pode citar todos seus defeitos, e qualquer outro motivo que pensar, eu ainda sim aceito namorar com você. EU TE AMO
Sorrimos e ele sinaliza para que eu coloque a aliança em seu dedo.
Assim que o faço deixo um beijo em cima dela.Ergo meus olhos e Brian dá a volta e para atrás de mim. Ele coloca a correntinha em meu pescoço, fecha a e planta um beijo no local.
- Eu te amo, minha Thereza - fala sorrindo e plantando um beijo rápido em meus lábios.
- Eu te amo, meu Scott - sorrio o beijando novamente.
Ficamos mais algum tempo assim e resolvemos descer.
- Eeeiiiii - grita meu namorado quando chegamos na cozinha - não sou obrigado a ver vocês dois se beijando não.
Minha amiga sorri envergonhada escondendo o rosto no pescoço do meu irmão que nos fita semicerrando os olhos.
- Eu tive que ficar vendo vocês dois ontem se beijando na sala. Mas enfim, vamos fazer algo hoje?
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O Cunhado Do Meu Irmão
RomanceVitória Brooks Peterson sempre teve uma rixa sem motivo com o irmão da melhor amiga, mas com o início do namoro entre o irmão e a melhor amiga tornou a convivência, que já era grande por serem vizinhos, ainda maior. E agora? Será que a maior convivê...