XIV

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Já faz meses que estou aqui, nem sei quantos, só que desisti de contar

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Já faz meses que estou aqui, nem sei quantos, só que desisti de contar. Minha barriga está enorme, talvez o bebê nasça a qualquer momento, talvez ainda falte meses para isso, a questão é que eu não sei.

Estou nesse quarto desde o fatídico dia que Nix me trouxe. Não vejo ela faz algum tempo, somente hipnos ao qual me trás comida, bebida, coisas básicas para se sobreviver.

Quanto a Zeus!? Aquele filho da mãe deve ter me esquecido, pelo contrário já teria me achado, afinal ele não se intitula o fodão todo poderoso?

Somos só eu e esse bebê agora, cuja eu nem sei o sexo.

Poxa Aurora, você tinha mesmo que entrar nessa não é!? Engravidar de um Deus grego, parece até piada.

E agora estão disputando pra ver quem fica com a criança, vão tudo quebrar a cara pois não darei para nenhum, nem pra Zeus aquele idiota.

— Comida. — Hipnos entra no quarto me pegando de surpresa.

— Que susto cara. Chegou cedo dessa vez.

— Achei que poderia está com fome.

— A questão é essa, eu sempre estou com fome. — Pego o prato de suas mãos.

— Agora eu sei.

— Então.. Quando irão me soltar mesmo em?

— Assim que essa criança nascer.

— Qual é! Vocês sabem que não irão ficar com meu filho.

— Não é você quem decidirá isso. Nix quer muito essa criança, e ela terá.

— Por que não chama ela de mãe?

— O que?

— Nix. Ela é sua mãe, certo!?

— Isso não importa.

— Mal educado, se fosse meu filho..

— Calada! — Me interrompe.

— Quem você pensa que é pra me mandar calar a boca? — Falo já alterada.

— Calada humana! — Diz firme e baixo dessa vez.

Ouço passos vindo de fora do quarto.

— Ela já foi. — Ele fala depois de alguns minutos em silêncio.

— Era Nix?

— Sim. Temos que ser rápidos. — Se aproxima de mim para me levantar.

— Ei, o que pensa que está fazendo?

— Lhe tirando daqui. — O encaro por alguns segundos.

— Vai me ajudar assim? Do nada?

— Sim. Virá comigo ou não?

— Sim.

Me levanto com dificuldade pelo peso da barriga e com a ajuda de Hipnos caminho até a porta que assim que é aberta nos revela Nix parada nos olhando com olhar de fúria.

Ferrou.

— Ora ora... Aonde pensam que vão?

Nada é dito o que faz ela ficar com mais raiva, e com um movimento rápido joga Hipnos para longe fazendo com que eu que estava apoiada nele caísse no chão também me causando forte dor ao bater de costas no chão.

— Iria me trair... A mim Hipnos!

— Faça o que quiser, eu não me arrependo, e faria de novo.

Mais uma vez a escuridão que exala dela vai pra cima de Hipnos trazendo tremores ao quarto de tão forte. Nesse momento sinto mais dores, porém agora de contração, e vinha uma atrás da outra me fazendo contorcer no chão.

— Gente... Acho que o bebê tá nascendo... — Falo gemendo de dor, fazendo os dois me olharem.

Ouço mais estrondos mas do lado de fora do quarto e se aproximavam cada vez mais.

— Ele está aqui. — Diz Nix para Hipnos.

Ele quem meu Deus?

As dores eram tão fortes que já estava perdendo minhas forças, parece até que o bebê estava sugando minha energia, e a dor só aumentava. Já quase desmaiando vejo um vulto que se parecia Zeus entrar no quarto indo pra cima de Nix que atacou ele com seu poder fazendo com que caísse longe.

Ela vem até mim e coloca a mão sobre minha barriga.

— Ele é muito forte... — Fala como se pudesse sentir sua força. — Espera. Não... Não pode ser...

— O que houve... — Sussurro sem forças.

Olho para o lado vendo Zeus tentar se levantar e vou perdendo a consciência.

ZeusOnde histórias criam vida. Descubra agora