•PROMETEU•

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Prometeu era filho do titã Jápeto, e irmão de Atlas

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Prometeu era filho do titã Jápeto, e irmão de Atlas.

Quando teve início a rebelião dos olímpicos, ele logo havia percebido para que lado as coisas estavam se inclinando e sem hesitar, abandonou o próprio clã e se juntou aos rebeldes, convencendo seu irmão mais novo, Epimeteu, a fazer o mesmo.

Após o triunfo olímpico, o titã foi recompensado. Enquanto tantos de seus familiares eram lançados no Tártaro, Prometeu e Epimeteu tiveram a permissão de seguir vivendo sobre a Terra, agora governada por Zeus.

Sem saber exatamente o que planejava fazer, sentou-se certa vez nas colinas da região grega de Fócia.

Apanhou um punhado de terra, misturou um pouco da água de um córrego e começou a moldar o barro.

Abrindo as mãos, Prometeu contemplou sua obra: uma figura feita à imagem de um deus, porém mais modesta e frágil.

Ficou encantado com a beleza singela de sua própria criação e resolveu fazer várias réplicas. Ao fim do dia, uma pequena legião de estatuetas de barro estava enfileirada ao seu redor. Prometeu sentiu-se tão encantando por seus pequenos novos companheiros que os presenteou com a vida.

 Prometeu sentiu-se tão encantando por seus pequenos novos companheiros que os presenteou com a vida

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A vingança de Zeus veio em forma feminina.

Os deuses do Olimpo criaram a primeira mulher, Pandora, e a enviaram aos homens, levando todas as desgraças que assolariam a humanidade.

Horrorizado, Prometeu viu sua obra mergulhar na ruína. Incêndios se espalharam por cidades e plantações. E os homens usaram as artes de Prometeu para matar e escravizar uns aos outros.

Zeus, contudo, ainda não havia saciado sua sede de vingança. Convocou Cratos e Bia, dois seres alados, de força colossal, que serviam como guardas no Olimpo. Os capangas divinos aprisionaram Prometeu e, com a ajuda do ferreiro Hefesto, o acorrentaram no alto do monte Cáucaso, na fria e ventosa região da Cítia. Lá, o criador da raça humana sofreria a mais terrível de todas as punições.

Todos os dias, quando o Sol despontava atrás dos penhascos, uma enorme sombra surgia batendo asas contra o céu da manhã.

A águia, enorme, faminta e monstruosa, pousava sobre o corpo nu de Prometeu e cravava o bico e as garras em seu ventre;

Por horas e horas, ela rasgava as carnes do prisioneiro e devorava seu fígado, bicada por bicada.

Ao pôr do sol, o pássaro ia embora ensanguentado e preso ao rochedo.

Prometeu ficava exposto às neves e ao vento. Enquanto o resto do corpo tremia, o fígado estraçalhado se regenerava, então logo vinha a próxima manhã, e assim recomeçava o suplício.

“Como sou miserável!”, lamenta-se Prometeu. “Eu, que inventei tantas artes para a raça humana, não tenho habilidade necessária para me libertar do meu próprio sofrimento!”

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