VI

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Dois dias? Estou a dois fucking dias desacordada!?

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Dois dias? Estou a dois fucking dias desacordada!?

E agora que ele falou parece que despertou uma fome de mil anos.

Um homem que devia ser alguma espécie de criado me trouxe comida, é bem diferente, mas eu gostei. Gosto de tudo que é de comer mesmo.

Depois uma ninfa veio me ver, ela me explicou sobre o tal filho que o gigante quer ter, pelo que eu entendi todas as mulheres daqui estão inférteis, o que realmente não é nada bom, e ele sendo um deus precisa de um "herdeiro", um braço direito, um filho.

Ela me disse que ele pode me dá o que eu quiser em troca, eu estou literalmente falida, poderia pedir o que quiser pra ele.

Porém eu não sei, é um filho... Eu posso não querer abrir mão dele quando nascer... E aí? Guarda compartilhada?

Ou pior... Eu posso acabar me apaixonando por ambos, não posso negar que ele ascendeu algo dentro de mim.

Desejo. Nunca senti isso de forma tão grande por alguém.

A ninfa também me deu roupas, que por sinal eu não curti muito não, mas dei umas adaptadas, o tecido é bem fino então foi fácil rasga-lo e deixar do jeito que eu gosto.

Todo mundo aqui é tão alto... Pelo menos os que eu vi são.

— Essa cama é tão grande... — Falo me jogando nela.

Deve ser porque ele gosta de dormir com muitas mulheres aqui.

— Safado.

— Com quem está falando?

Dou um pulo da cama com o susto que aquele idiota acaba de me dá.

— Quer me matar é?! — Coloco a mão sobre o peito.

— Não seja dramática, a ninfa lhe trouxe as roupas que pedi? — Fala enquanto me analisa.

Por que ele tem que fazer isso sempre?

— Sim, não está vendo? — Dou uma voltinha.

— Esse é diferente do que ela me mostrou.

— Isso porque são roupas feias, eu tive que adaptar, gostou?

— Está julgando as roupas que usam aqui? — Ele deixa escapar um sorriso.

Acho que morri e fui para o céu.

Que. sorriso. É. Esse!

Queria está sendo exagerada mas não estou, cadê os defeitos desse deus grego.

Finalmente entendi essa expressão.

— Estou começando a ficar com medo. — Se senta na ponta da cama.

— Medo? Do que?

— De você avançar em mim, do jeito que me olhou agora. — Me encara me fazendo desviar o olhar.

— Vai se ferrar. — Mostro o dedo do meio o fazendo arquear a sobrancelha.

— Não deve se referir a mim de tal forma, humana.

— Para de me chamar de humana, tenho nome sabia!?

— E qual é?

— Aurora! E eu falo como eu quiser.

— Certo, Aurora, não aqui! Se vivesse nesse mundo falando desse jeito já teria sido castigada.

— Castigada? — Falo em um tom irônico.

— Sim, ficaria presa, e levaria até mesmo chicotadas como aviso.

— Tá bom então Christian Grey... — Desdenho.

— Quem?

— Você não entenderia. — Sorrio me jogando de novo na cama.

Que cama macia!!!

— Olha... A tal ninfa lá me explicou o que anda acontecendo aqui, e o porque de querer ter um filho com uma "humana".

— E então?

— Por um lado eu compreendo, mas nada justifica você ter invadido minha casa e me trazido pra cá sem meu consentimento!

— Você poderia não está nem viva mais agora! Estava na rua gemendo de dor, eu coloquei seu braço no lugar e te dei proteção durante a noite para que ninguém a visse alí.

Eu sabia que já tinha o visto!

— Nossa... Obrigada.

— Não me agradeça, não sei porque fiz isso, mas você me intriga, me atrai, e senti que devia ser você a gerar o meu filho.

— Terei que ficar aqui durante toda a gestação?

— Pode ficar uns dias na sua casa também, mas irei busca-la sempre. E te suprir.

Parece que leu meus pensamentos.

Certo... Eu devo ser muito louca mesmo, mas já não tenho nada, e agora, nada a perder.

— E se... Eu quiser ficar com o bebê?

— Poderá morar por aqui, assim sempre irá vê-lo.

— Morar aqui? Sem chance, tenho medo de altura.

— O que está pensando? Que irá caminhar sobre as nuvens?

— E não é assim no céu!?

Ele sorri mais uma vez e balança a cabeça negando.

— Então, quando podemos fazer meu herdeiro? — Diz se aproximando.

ZeusOnde histórias criam vida. Descubra agora