Me seduz

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Acordei e dessa vez todo o quarto estava claro, levantei os braços para me espreguiçar e esbarrei no corpo adormecido do meu lado, era a Camz.

Ela estava de costas pra mim, vestia apenas a camisola amarela e de imediato lembrei da noite passada, sentei devagar para não correr o risco de acorda-la, e tive uma melhor visão sua, o tecido da roupa era fino e por isso dava pra ver seu mamilo desenhado, diferente de ontem que estavam visivelmente eriçados, hoje eles estavam menos perceptíveis. 

frio ventoso

mamilo fura blusa

olho guloso...

Citei baixinho um pedaço de um dos poemas que eu havia escrito a algum tempo, eu não lembrava mais de cada verso, mas esse, esse verso se encaixou perfeitamente ao momento.

 Pelo forma despojada em que ela está deitada, consigo ver a poupa da sua bunda, engoli um seco. Não deveria está olhando-a daquela forma, ainda mais quando eu a neguei ontem. 

Me inclinei sobre o compartimento acoplado ao lado da minha cama e pequei meu bloquinho, abri e lá estavam todos as minhas escritas, nas extremidades das folhas tinha até o nome da latina, bem coisa de adolescente, enquanto olhava para o objeto em minhas mão me dei conta de que já havia alguns dias que eu não escrevia. 

Rubras faces
Rubros lábios
molhados
Caio de joelhos
cai a fina camisola perfumada
Inebriante
mais que o melhor néctar
e sem mais...

Me seduz!

Abuso,
Lambuzo tudo
com seu arfar molhado
com leite e mel romano

com palavras e defeitos.
Mundano,
Humano...

Me seduz!

Com carinho.
Delicada porcelana.
Me envolve e me engana.
Há malícia no ar.
A vontade inundando tudo
a nós...
mas ainda não!

Me seduz!

Seus olhos já não estão em mim.
Estão fechados, adivinhando
meus toques.
Minhas mãos suadas
Lhe conduzindo...
... aprendo seu corpo.

Me seduz!

Escrevi cada verso intercalando o olhar entre a folha e seu corpo, criando um cenário obsceno e erótico com a morena.

Camila se moveu, agora ficando de bruços pra cima e eu olhei diretamente para onde me chamou atenção, o lençol estava praticamente jogado aos seus pés deixando seu corpo exposto, o movimento inocente que ela fez me permitiu ver sua calcinha, era de renda e azul, TODA NA RENDA. 

Engoli um seco e gemi involuntariamente.

E como um flash de luz eu senti uma fisgada no meu pênis.

Olhei de imediato para o meio das minhas pernas e notei um volume quase imperceptível.

- Oh meu Deus - Falei exasperada. 

Eu sabia que a minha lesão tinha sido superficial, o doutor Malfoi havia me comunicado que eu tinha chances de retornar aos meus movimentos, mas para isso era necessário abdicar praticamente de tudo para consultas com a fisioterapeuta e remédios fortes.

Desde o acidente eu não sabia o que era ficar excitada da forma que eu estava agora, nesse exato momento a porra do meu pau tinha dado sinais de vida.

- Puta que pariu! - Saiu alto.

Camila deu um pulo da cama me olhou desorientada.

- O que foi?


Oh merda, eu queria falar o que tinha acabado de acontecer, mas o que ela iria pensar de mim?

- Eu eu eu...

- Você?

- Nada!

- Lo o que aconteceu?

- Nada Camz, eu preciso ir ao banheiro - Falei me arrastando até a cadeira.

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