Te masturbo

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- O que achou Lo?

Analisei minuciosamente os detalhes das fotografias, eram simplesmente perfeitas! Ela fazia um jogo de combinações, explorando as cores, a paisagem e todos os demais artifícios, muito bem elaborado, lembro-me que quando eu era uma " viajante " eu gostava de tirar fotos na minha polaroide, algo bem amador, bem distante das fotografias da morena que eram profissionais.

- Lindas! Você é muito talentosa Camz - Falei devolvendo sua câmera fotográfica com cuidado, ela também segurou cuidadosamente, desligou e colocou com delicadeza sob a minha mesa. Acho que alguém tem um certo ciúmes do artefato.

- Obrigada Lo - Falou se aproximando de mim e cheirando o meu pescoço.

Sorri

- O que foi?

- Você realmente me assusta com esse lance de pescoço.

Ela bufou

- É melhor se acostumar! Eu gosto do seu pescoço - Cheirou novamente - É cheiroso.

- Acho que se tivéssemos nos conhecido antes, quando eu passava horas fazendo trilha ou pedalando, você não iria gostar do meu cheiro.

Camila fez uma careta e eu gargalhei.

Ouvi batidas na porta e imaginei que seria Íris, logo mandando-a entrar.

- Com licença Lauren, chegou uma correspondência no seu nome.

Estranhei, fazia tempos que eu não recebia nenhuma correspondência.

Estirei a mão e Íris me entregou, saindo logo em seguida.

Camila se encostou na cabeceira da cama, como quem queria me da privacidade e abriu um dos livros que ela havia pego mais cedo na minha biblioteca.

Abri a carta, que estava em um envelope pardo escrito Hospital Israelense

Li todas as linhas com atenção, do inicio ao fim, não era algo que eu estivesse esperando, na verdade, quando mais nova eu esperei por aquela notícia assim como uma jovem espera por uma carta para ser aceita na universidade dos sonhos, ou como uma mãe ao olhar o teste de gravidez esperando ansiosamente pelo resultado positivo.

Agora eu não sei o que sentir, minhas mãos estavam suando e meu coração batia forte, suspirei e engoli um seco.

Fechei a carta novamente, colocando-a dentro do envelope.

- O que houve meu bem?

Olhei para a latina, ela me olhava com um misto de dúvida e preocupação.

- Você se importaria de me da alguns minutos com o meu pai?

Ela franziu o senho por alguns segundos, depois acenou.

- Claro! Eu vou ao meu quarto - Falou já levantando.

Antes que ela se levantasse segurei no seu pulso.

- Seu quarto é aqui - Falei a olhando - Eu vou conversar com ele na biblioteca.

- Não prec.. - A interrompi antes que ela pudesse negar.

- Eu volto logo - Falei me impulsionando para levantar da cadeira e saí do quarto com o envelope em mãos.

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- E o que você vai fazer a respeito?

- Não sei pai..

- Esperamos por isso a tanto tempo, por que você não tenta?

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