Parasita E

Capítulo 15 - Culpa

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Quem é vivo sempre aparece, né, povo???? (meme da marge se escondendo)

GENTE!

estou atualizando em um dia nada a ver, vamos esquecer dia pra att, tá bom? eu claramente não estou conseguindo atualizar todo domingo por conta de milhões de coisas e eu nao queria postar qualquer coisa só por ter "prazo" e dar capítulos ruins pra vocês

mas eu AMO essa história com todo o meu coração e eu prometo que eu vou terminá-la, ok? 

obrigada pra quem não desistiu dessa porra 

boa leitura, porra :)

— Nós não pudemos nem nos despedir dele. — Noemi comentou se sentindo completamente desolada dentro da van que seguia na direção da OECB para entregarem a amostra que tinham conseguindo e quem sabe implorar pelos seus empregos de volta (além de ter de comunicar que um de seus melhores agentes foi morto por estar descumprindo as regras da Tenente). —— Digo, dar um enterro digno, coisas assim. O corpo dele está lá. Sua família não vai poder se despedir dele.

Camila não conseguia falar nada, ela estava apenas encarando o banco a sua frente e desejando que aquilo não fosse culpa dela, mas ela era mais esperta do que isso e sabia que era sim. Porque se ela tivesse ido sozinha, os riscos seriam todos dela, e não de sua equipe toda. Porque as pessoas estavam lá por Oliver, era óbvio, mas ela era a capitã, eles a obedeciam, embora não tivessem sido obrigados a ir. Tanto que Demetria teve a escolha de voltar. Todos eles haviam feito a escolha de estar ali, seja por obrigação que se impuseram, por altruísmo ou até mesmo por ego, afinal de contas, todo o mundo quer ser um herói.

Mas não naquele dia. Uma vida não valia a pena ser sacrificada pela outra, se as duas almas eram tão boas e puras quanto. Não deveria ser assim, o universo não deveria cobrar um preço alto com juros pela vida de alguém, mas era exatamente o que ele fazia naquela porcaria de mundo e as pessoas apenas viviam. Elas não tinham escolha.

— Eu falo com ela. — Foi tudo o que Camila disse antes de pegar a amostra e descer da van, já na garagem da OECB.

Ela sabia que iria enfrentar uma fera na Tenente Lima e que provavelmente estava desempregada — não que isso fosse fazer muita diferença naquele momento. Sabia que tinha perdido Lauren. Sabia que tinha perdido Nathan. Sabia o que mais ela tinha a perder pela frente, mas ela não tinha escolha que não fosse encarar tudo como mulher, porque a única pessoa que a havia levado até ali era ela mesma.

E a questão era: tinha valido a pena?

A capitã não costumava pensar essas coisas, não trocava vidas por vidas, não pensou duas vezes e nunca pensaria para ajudar alguém que ela ama. Mas se mesmo assim Oliver morresse, isso significaria que não valeu a pena tentar ajudá-lo? Que Nathan morreu por nada? Que ela tinha perdido Lauren, que perdeu Nathan e que iria perder Oliver também? Mesmo sem nenhuma dessas coisas, ela iria perder a si mesma. Ela não sabia quanto tempo ela tinha, mas não era muito.

Camila caminhou pelos corredores de cabeça baixa, não para ninguém em específico, mas para a vida, ela sabia que era uma batalha que não podia vencer dessa vez. Mesmo no melhor dos cenários, ela estava perdendo alguma coisa. Quando chegou na porta da sala da Tenente, sabia que provavelmente ela estava lhe vendo através da câmera, então tentou apenas não parecer um completo lixo e bateu na mesma antes de entrar. Izabela não parecia surpresa de lhe ver ali, não moveu um músculo, vendo a capitã entrar na sala.