Capítulo 9 - Nick

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Oi pessoal!

Passando para avisar que estou criando a playlist do livro. 

Em breve vou colocar o link nos comentários e no meu perfil.
Votem e comentem, por favor.

♪Leia Escutando: Marchin' On - OneRepublic♪

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Já é inverno. Não que importe muito, afinal de contas estamos em um país tropical e nessa cidade não passamos nem perto do frio de verdade. Mas a mínima queda de temperatura, em um lugar que costuma ferver com caldeirão borbulhante, é o suficiente para que as pessoas tirem seus casacos empoeirados do armário e desfilem por aí como se estivemos no inverno europeu. E sim, tenho tido muito tempo para observar as pessoas e chegar a essa conclusão nos últimos dias.

É apenas o terceiro dia de suspensão e eu posso dizer que nunca me senti tão entediado em toda a minha vida. Mas o pior é a frustração que estou sentindo no momento, me sinto um nada por não poder fazer aquilo que eu me preparei tanto para fazer. Confesso que em vários momentos pensei em desistir deles e procurar outro lugar que me aceite, eu poderia simplesmente pedir ajuda ao meu pai, que com sua influência conseguiria em instantes uma vaga para em qualquer hospital da região.

O problema é que isso iria ferir meu ego duas vezes, uma tendo que humilhar para meu pai e admitir que fracassei na minha maior conquista. Seria o mesmo que dar razão de que eu não posso me cuidar sozinho e preciso deles para ter sucesso. A outra forma seria desistir do hospital sem nem mesmo lutar, sei que foi a Sophie para mim e não posso deixá-la vencer sem nem mesmo tentar revidar. Então é isso, eu não vou desistir. Vou voltar de cabeça erguida, afinal nada do que aconteceu foi culpa minha.

Pelo menos hoje eu tenho algo importante para fazer, algo que vai me tirar da cama e voltar para vida, deixando essa tristeza para trás. Desço as escadas já totalmente arrumado, aproveito para levar os pratos que se amontoaram no meu quarto já que fiz as últimas refeições por lá. É claro que isso não deixou minha tia muito feliz e isso fica claro quando vejo sua cara de irritação ao pé da escada.

— Até que enfim senhor, espero que o tempo recluso tenha sido suficiente. — seu tom de voz é irônico, ela bate as unhas no corrimão o que deixa bem claro o seu nível de irritação. — E acho bom essas louças serem lavadas.

— Claro, tia. — respondo desanimado. — Talvez eu me pareça mesmo com um elfo doméstico. — sussurro torcendo para que ela não ouça.

Passo por ela com a pilha de prato e vou direto para cozinha, coloco tudo na pia e arregaço minhas mangas. Começo a lavar as louças a minha frente com certo desgosto, essa não é minha tarefa doméstica preferida.

— Você vai buscá-la? — ela pergunta enquanto me observar trabalhar.

— Vou sim, na verdade, preciso chegar lá em meia hora. — digo tentando parecer preocupado com tempo.

Ao Nascer do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora