Se você se encantou, sofreu e se emocionou com a história de Mike e Arthur, agora irá se apaixonar também pelas aventuras de Nick e Guilherme.
Este livro é um Spin Off de Os Residentes.
Um busca o amor desesperadamente.
O outro foge dele com todas a...
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Eu sei exatamente o que vocês devem estar pensando agora, se fosse alguém realmente decidido e seguisse meus próprios conselhos a essa hora estaria em casa após mandar ele se ferrar. Mas eu sou assim mesmo, uma confusão em forma de pessoa. Quando acho que tudo está certo, um furacão como esse passa na minha vida e muda tudo que imaginei. Eu sou a própria indecisão, às vezes eu odeio ser libriano, mesmo não acreditando muito em signos.
O problema é que sou fraco, bastou meia duzia de palavras e um olhar fulminante seguido de seu sorriso charmoso para me convencer a ficar. Agora estou aqui sentando a sua frente enquanto vejo seus olhos me escanearem por completo, é quase como se ele pudesse ver através de mim e enxergar minha alma. Aquela sensação de já o conheço insiste em perdurar na minha cabeça, mas de onde poderia ser?
Observo seu sorriso crescente e a forma como ele se aproxima de mim, a música ambiente parece proporcionar um clima favorável. Ele está próximo demais, tanto que posso sentir o cheiro de seu perfumo amadeirado. Tenho medo que ele fique tão próximo que consiga sentir que meu coração está tão acelerado que poderia explodir a qualquer momento. Ele aproxima seu rosto do meu, minha respiração fica irregular e posso sentir o seu hálito fresco me fazendo arrepiar. Quando penso que vai me beijar, ele simplesmente desvia o rosto e fala com sua voz mansa em meu ouvido.
— Vem, vamos dançar. — disse me tomando pela mão e arrastando para onde os outros se divertem antes mesmo que eu possa responder.
Em poucos instantes estamos no meio de toda aquela gente dançando como se nada mais importasse. Posso sentir seu corpo contra o meu, o calor de onde a suas mãos me tocam e sua respiração contra a minha. É impossível não deixar o meu lado iludido tomar conta de toda a situação e criar mil cenários românticos em minha cabeça.
Droga! Eu deveria ser mais difícil e não perdoa-la assim tão fácil.
E isso que fazemos por um bom tempo, dançamos incansavelmente até percebemos estarmos quase só na pista de dança. Ficamos ali por tanto tempo que sem sei mensurar o quanto foi, só sei que foi libertador sentir tudo isso de uma única vez. Eu estou completamente ofegante quando ele me leva pela mão até a mesa, nós nos sentamos de frente um ao outro e eu não condigo desviar os olhos deles, como se tivesse algo magnético que me impedisse de olhar em outra direção.
Merda! Acho que estou apaixonado.
— Eu... eu preciso resolver umas coisas antes do bar fechar. — ele diz me olhando de uma forma engraçada. — Por favor, me espera. Nós precisamos conversar.
— Tudo bem. — respondo e ele demora alguns segundos para sair da mesa, como se decidisse se valeria a pena sair e me deixar ali sozinho correndo o risco de que eu fuja de novo.
