Capítulo 15 - Nick

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♪Leia Escutando: Respeita - Ana Cañas♪

Três semanas depois de todos os eventos que culminaram no meu afastamento do Guilherme e eu ainda continuo pensando tempo demais nele

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Três semanas depois de todos os eventos que culminaram no meu afastamento do Guilherme e eu ainda continuo pensando tempo demais nele. Achei que a essa altura minha cabeça já teria começado a esquecer dele e que eu pudesse retornar a rotina. Mas ainda estou dividido entre acreditar nos seus sentimentos por mim e ter medo da sua proximidade com Antônio.

O medo ainda é maior!

E se isso o fizer me chamar de covarde, que o seja. Só quem sofreu tudo que passei nas mãos da Família poderia me entender, nenhum outro sentimento por mais forte que ele seja seria capaz de sobreviver a todo esse drama. Isso, é claro, não diminui o me sofrimento por me obrigar a fugir dessa forma. Ler a sua resposta a minha mensagem foi receber uma sequência de facadas em meu peito.

"Não sei se conseguirei descrever minha decepção nas frases a seguir, mas espero que de alguma forma essas palavras sirvam para mostrar o todo o desgosto que me causou.

Há muito tempo prometi a mim mesmo que não abriria meu coração para ninguém. Por muito tempo simplesmente ignorei qualquer tipo de aproximação e só tive casos de uma única noite. Levei por anos uma vida distante de relacionamentos depois de muito sofrer no passado.

Acontece que em algum momento eu conheci você e mesmo indo na contramão de tudo que eu acreditava, eu me abri e deixei você entrar. E esse foi meu maior erro, eu fui mais uma vez enganado e terminei com meu coração partido com uma simples mensagem de texto, já que o cara que fez isso não teve nem a coragem de me procurar.

Espero que esteja certo da sua decisão, pois quem não quer mais aproximação agora sou eu.

Atenciosamente,

Guilherme Campos."

Sua decisão de não mais me procurar ou de cobrar explicações deveria facilitar tudo, mas o efeito foi justamente o contrário. Eu passei a me sentir um lixo pela forma como lidei com isso tudo e desejar poder só voltar no tempo e desfazer tudo isso. Tenho que ter em mente que eu não conheço de verdade e que os riscos de me envolver com alguém da família é maior do qualquer outra coisa.

Estou em frente a grande porta de madeira da casa dos meus pais, depois de muita relutar aceitei vir aqui devido aos pedidos da minha irmã. Respiro algumas vezes antes de tocar a campainha torcendo para que eu não tenha nenhum embate com eles.

— Bom dia, filho! — minha mãe me cumprimentou na soleira da porta, senti que ela queria se aproximar e talvez me abraçar, mas estava sem jeito. O que decerto foi bom, nossa aproximação precisa ser com calma.

— Bom dia! — retribui com um aceno de cabeça.

— Entra, a Alice tá tomando café, vai lá comer com ela. Nós já vamos sair. — ela disse me fazendo passar pela porta.

Ao Nascer do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora