Se você se encantou, sofreu e se emocionou com a história de Mike e Arthur, agora irá se apaixonar também pelas aventuras de Nick e Guilherme.
Este livro é um Spin Off de Os Residentes.
Um busca o amor desesperadamente.
O outro foge dele com todas a...
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Mais de 14 horas de voo podem derrubar qualquer um, e é exatamente assim que chegamos ao nosso destino, cansados e sem forças para mais nada. Mas não estamos aqui de férias, viemos com um propósito muito importante e nada pode desvirtuar nossa atenção disso. Então vamos esquecer o cansaço e nos focar em bolar um plano convincente para tirar o Mike daquela casa e voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído.
Pra piorar todo o mal-estar da viagem meu acento era ao lado do Guilherme e como não resolvemos ainda nossa situação, não por vontade minha é claro, o clima estranho piorou todo o percurso. Eu amo esse cara, amo tanto que estar tão próximo dele e não poder tocá-lo, não poder conversar, não poder beijar chegar doer fisicamente.
Eu não aguento mais essa distância entre nós dois.
Nos acomodamos na casa da Kate e o Jhon, os trabalhos começaram no dia seguinte, então a indicação é que todos descansem o máximo que puderem, pois, não sabemos como as coisas vão se desenrolar. Resolvi então subir e arrumar minhas coisas no meu quarto, deixando os lá encantados com todos os equipamentos que os dois tem em casa, principalmente o Guilherme que parece ter entrado em parque de diversões.
Não poderia ser mais nerd.
A noite logo caiu então resolvi que seria melhor me recolher para conseguir me ajustar ao novo fuso horário. Tomei um banho relaxante no banheiro do andar onde estamos hospedados, me enrolei na toalha e saí do banheiro enxugando os cabelos, totalmente distraído. Pelos menos até esbarar em alguém e quase ser arremessado no chão.
— Desculpa, eu estava distraído... — falei antes de perceber que os braços que tinham me salvo da queda pertenciam ao Guilherme. Meu rosto ficou vermelho no mesmo instante, a respiração dele estava próxima demais de mim, tanto que foi quase impossível resistir aos lábios vermelhos ao meu alcance. Mas eu consegui.
— Eu também não estava prestando atenção. — ele disse desconcertado com a situação.
Já tinha me colocado de pé novamente, mas suas mãos ainda estavam segurando meus braços como se estivessem presas pelo magnetismo entre nós dois. E por mais que ele tente fingir que não está tão tentado a deixar tudo para trás, seus olhos não o deixam mentir. Ele me quer tanto quanto eu o quero e só a mágoa nos separa nesse momento.
Tomara que ele pare de resistir logo, não aguento mais esperar.
— Quando você vai parar de fugir de mim. — falei no impulso do momento. — Eu to cansado de pedir desculpas. Eu te amo, droga.
— Eu... eu preciso ir. — ele falou passando por mim e se trancando no banheiro.
Argh! Simplesmente não aguento mais isso, estou tão cansado de ficar implorando para ele deixar isso para trás. Sei que errei em não contar logo de cara o que estava acontecendo, mas já paguei pelo meu erro e não mereço ser punido por isso eternamente. Guilherme está realmente testando a minha paciência, por isso ele trancou essa porta, pois se ela estivesse aberta eu não hesitaria em ir atrás do que é meu e lá ele não conseguiria mais fugir.
