Se você se encantou, sofreu e se emocionou com a história de Mike e Arthur, agora irá se apaixonar também pelas aventuras de Nick e Guilherme.
Este livro é um Spin Off de Os Residentes.
Um busca o amor desesperadamente.
O outro foge dele com todas a...
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O clima de festa estava longe de me contagiar, já recusei tantas bebidas que poderia abastecer o bar por vários dias só com esses copos. Sem nada planejado, as pessoas simplesmente começaram a aparecer no bar para comemorar minha soltura e principalmente a absolvição no caso do hominídio. Além da minha família e dos funcionários do bar, vários amigos apareceram e foram ficando, até tudo se transformar em uma grande festividade.
Mas minha cabeça está longe daqui.
Mesmo com tantos apertos de mão, abraços e outros cumprimentos de pessoas que gostam de mim, eu só consigo sentir falta de uma delas. Não consigo entender ainda porque ele não estava lá quando a juíza bateu o martelo e me declarou inocente. Eu queria poder ter me jogado em seus braços e ter sentido o doce do seu beijo. Mas ele não estava lá para mim.
Sem conseguir me conter pego o celular mais uma vez torcendo para encontrar uma mensagem dele, na tela. Passo pelos vários recados que recebi de outras pessoas, mas nenhuma dessas é dele. Me esforço para escapar no meio das pessoas e me enfio no escritório mais uma vez. Disco o seu número e ouço os toques até a ligação a ser encaminhada para caixa postal. Gravo uma mensagem breve pedindo para ele entrar em contato comigo.
Cansado de todo o estresse do dia sentei na minha cadeira, me inclinei sobre a mesa e encostei a cabeça na superfície de madeira polida. Fechei os olhos por alguns instantes e desejei só poder ficar ali sem pensar em mais nada. Só há algumas horas eu estava bem perto de ser condenado por um crime que não cometi e agora estou aqui livre. Sei que deveria estar lá fora comemorando, mas meu coração está apertado sentindo a falta dele.
Tento ignorar os meus instintos que insistem em me dizer que algo de muito errado está acontecendo, mas é difícil fingir que nada está acontecendo. Queria poder sair por aquelas portas e correr até o seu encontro. Eu desperto desses pensamentos com o som da porta do escritório se abrindo a minha frente. Sarah coloca a cabela na sala e me olha aguardando autorização para poder entrar, eu apenas assenti com a cabeça.
— Estão todos te procurando, queremos fazer um brinde. — ela disse se sentando na minha frente.
— Eu não to com muita cabeça para festa. — falei omitindo o motivo principal para o meu desânimo.
— Ei, eu nem consigo imaginar a barra que você passou esses dias. — ela disse apoiando a mão no meu ombro. — Acho que você precisa de uns dias de descanso, eu posso continuar tocando as coisas aqui se quiser.
— Talvez eu precise mesmo. — falei ainda meio desconexo daquela conversa.
— Faz isso pega o Nícolas e vai para um lugar longe de tudo isso. — só a menção do seu nome me fez sobressaltar. — Por falar nisso, onde ele está? Ele disse que nos encontraria na audiência, mas não encontrei ele em lugar nenhum.
