Capítulo 28 - Gui

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 ♪Leia Escutando: Saudades Daquilo - IZA♪


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A mente tem formas estranhas de lidar com uma alta carga de estresse, uma delas é entrar em modo quase automático, onde se faz coisas que nem percebe que está fazendo. Talvez seja um mecanismo de defesa, evitando que precisemos lidar com as pequenas coisas quando já estamos sobre grandes pressões. E é exatamente assim que estou agindo, estou totalmente transtornado com tudo que aconteceu.

O problema é que depois que essa carga de estresse passa e o corpo sai desse frenesi o resultado costuma ser um só, desabar. Eu sei perfeitamente que será isso que acontecerá comigo no momento em que eu baixar a guarda. Acabo de sair da casa do Nícolas após ouvir toda sua explicação para situação, que não muda o fato dele ter mentido para mim sobre algo tão grave, mas agora é hora de resolver as coisas com o outro causador dessa confusão.

Em um piscar de olhos já estou em casa, abro a porta com violência quase a arrancando do lugar e alarmando todos que estão ali dentro. A minha raiva está tão descontrolada que não tenho tempo nem para pensar no susto que causei a minha mãe e minhas irmãs. Tudo que quero é acabar com a raça do Luiz, que dessa vez superou todas as minhas expectativas das merdas que ele já fez na vida.

— ONDE O LUIZ ESTÁ? — pergunto exaltado. — ONDE ELE ESTÁ?

— O que aconteceu querido? Você está me assustando. — Mama diz saltando da cadeira onde estava sentada.

— Eu preciso resolver as coisas com esse moleque... — digo passando direto por ela. — LUIZ DESÇA AQUI AGORA. — grito no pé da escada.

— Guilherme, se acalma. — Débora disse me puxando pelo braço. — Que merda está acontecendo.

— O que está acontecendo é que o irresponsável do seu irmão passou de todos os limites. — eu desabafo. — Eu vou dar uma boa lição nesse idiota.

— Eu não estou entendendo nada, meu filho. — Mama falou confusa.

— Já já vocês vão entender.— falei para elas. — DESCE LUIZ.

— Que gritaria é essa aí em baixo. — ele falou quando finalmente apareceu no topo da escada com o rosto ameaçado e cabelos bagunçados.

— Seu irmão está nervoso, querido. É melhor você voltar para o quarto. — Mama orientou, mas já era tarde demais ele já estava no meu alcance.

Eu o puxo pela gola da camisa fazendo saltar os últimos degraus da escada de uma única vez, com a surpresa da minha atitude ele não tem tempo para reagir. Então impuro seu corpo contra a parede o segurando pelos ombros. Preciso ignorar os gritos da Mama e a tentativa das minhas irmãs de nos separar.

Ao Nascer do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora