Capítulo 23 - Nick

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♪Leia Escutando: Drunk in Love - Beyoncé♪


Tenho certeza de que se meu cardiologista soubesse de tudo que passei nos últimos dias estaria muito orgulhoso de mim, pois se não infartei com todas essas loucuras que aconteceram é porque meu coração está saudável e forte como de um touro

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Tenho certeza de que se meu cardiologista soubesse de tudo que passei nos últimos dias estaria muito orgulhoso de mim, pois se não infartei com todas essas loucuras que aconteceram é porque meu coração está saudável e forte como de um touro. As reviravoltas têm sido tantas e tão vertiginosas que não tenho nem tempo de me recuperar antes de entrar em outra, tenho certeza que nem autores de novelas da Globo pensariam em tudo isso. Fato é que a vida me preparou para isso e tenho que usar essa casca-grossa, que foi forjado com muitas lágrimas e suor, para seguir em frente e resolver tudo isso.

E é o Guilherme quem precisa da minha ajuda agora, por isso não posso pirar!

Eu o vejo entrar no carro com o homem alto que se identificou como policial com o coração apertado, não posso deixar que o levem assim e ficar aqui parado. No mesmo momento entro no meu carro e dou a partida seguindo eles de perto. Avanço sobre o celular, digito o número com pressa, coloco no alto-falante e aguardo ser atendido. A resposta só chega no quarto ou quinto toque o que me deixa angustiado, mas não tenho tempo para isso agora.

— Oi filho, que bom que ligou... — ele começa a dizer.

— Pai, eu não posso conversar agora. — falo interrompendo ele. — Eu preciso da sua ajuda e preciso agora.

— Claro, filho. — ele parece entender minha urgência. — Me diz o que está acontecendo.

Eu estou andando de um lado para outro a pelo menos vinte minutos, que a essa altura mais parecem uma eternidade, a qualquer instante eu devo abrir um buraco no chão desgastado dessa delegacia de tanto andar

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Eu estou andando de um lado para outro a pelo menos vinte minutos, que a essa altura mais parecem uma eternidade, a qualquer instante eu devo abrir um buraco no chão desgastado dessa delegacia de tanto andar. Assim que cheguei quis entrar com ele, mas só me foi permitido aguardar no saguão empoeirado enquanto ele foi levado para Deus sabe onde.

Perco algum tempo analisando o lugar, afinal de contas preciso ocupar minha mente antes que ela entre em colapso. As paredes cinzas descascadas, o balcão velho de madeira maciça e as lampadas que piscam de vez em quando dão a esse lugar um aspecto degradante. Já li todos os avisos pregados em quadro a minha frente mais de uma vez, seria capaz de recitar o nome de todos os procurados e desaparecidos. Vez ou outra policiais mal-encarados entram escoltando pessoas algemadas que se debatem tentando fugir, isso é muito deprimente.

Ao Nascer do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora