Se você se encantou, sofreu e se emocionou com a história de Mike e Arthur, agora irá se apaixonar também pelas aventuras de Nick e Guilherme.
Este livro é um Spin Off de Os Residentes.
Um busca o amor desesperadamente.
O outro foge dele com todas a...
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Descobri da pior maneira o quanto a traumatologia pode ser difícil, mas não me arrependo nem um pouco da minha escolha. É muito trabalho, uma correria interminável, mas é tudo tão gratificante que faz valer a pena. Chego ao final do meu primeiro plantão totalmente arrasado, o Dr. Robinsom tirou tudo que podia de mim. Pelo pouco que eu conhecia já imaginava que ele era bem exigente, mas minhas expectativas foram superadas. O homem é uma máquina de trabalho, mas, ao mesmo tempo, me faz sentir tão a vontade que chega ser prazeroso trabalhar ao seu lado, sem falar do prazer que ele sente em ensinar.
De uma certa forma essa carga de trabalho até me faz bem, eu tive tanto tempo livre na última semana que acabei pensando demais nos problemas e ter algo para ocupar a minha cabeça agora pode ser proveitoso. Por isso eu mergulho no trabalho sem pensar em mais nada. Ok, só tem mais uma coisa que estou pensando.
Uma coisa não, uma pessoa.
É uma droga, mas tenho que admitir que o último encontro com ele mexeu com tudo que eu já considerei sobre o Guilherme. Eu sou meio cabeça dura às vezes, ou quase sempre, mas também sei admitir quando estou errado, mesmo que demore um pouquinho. E é por isso que tenho total noção que exagerei com ele, eu podia ao menos ter ouvido dele o que realmente acontecera antes de pirar totalmente. Mas o importante agora é que essa bobeira passou e nós estamos indo bem.
Confesso que fico um pouco assustado com a pressa com as coisas, antes eu era o desesperado por um relacionamento e agora ele parece tão interessado em mim que fico com um certo receio, talvez seja coisa de quem já sofreu demais com desilusões amorosas.
— Nossa que cara de acabado. — Mike diz se jogando no sofá ao meu lado. — O Robinson tá pegando pesado?
— Porra, pesado era com a Stefani. Ele praticamente passou com um trator por cima de mim. — digo exausto. — Ainda fica repetindo que eu tenho que me esforçar mais que os outros se quiser compensar o tempo perdido.
— Mas você tá arrependido da mudança? — pergunto com os olhos curiosos na minha direção.
— Nem em sonhos, apesar de ser puxado eu to amando, amigo. — respondo-lhe.
— Ai, que bom! Fico feliz vendo você animado. — ele me diz sorrindo. — Agora vamos que eu quero tomar um banho antes de ir.
— Ah me carrega, por favor. Acho que não estou sentido minhas pernas. — falo fazendo drama.
— Para de graça e vem logo. — ele diz me puxando pelas mãos enquanto ainda reclamo do cansaço.
A parte onde ficam as duchas aqui no vestiário não é um lugar que costumo visitar com frequência, até porque moro bem perto, então prefiro utilizar o banho de casa que é bem mais confortável. Mas até que as instalações daqui não são tão ruins, na verdade, o banheiro é bem espaçoso e os boxes têm divisórias, o que nos dá privacidade. Aceitei a oferta do Mike de vir para cá justamente por conta do plantão exaustivo que tive, meu corpo está precisando mesmo de um bom banho para relaxar.
