O NAMORADO DA MINHA MELHOR AMIGA

CAPÍTULO 34 - TAL PAI, TAL FILHA.

No capítulo anterior...

– Any é um demônio, um demônio do mal. - Disse e arrancou a cabeça da boneca com raiva.

Comecei a chorar desesperada e corri para os braços de Josh.

– Larga ele moça, eles são cruéis, eles fazem coisas ruins, eles são demônios. - Disse me puxando dos braços de Josh e chorei mais.

– Eu sou a Any, não sou igual ao meu pai. -  Desabafei em prantos e ela arregalou os olhos.

Eu tive medo de sua reação, muito medo!

Agora...

ANY GABRIELLY

Yonta grudou em meus cabelos e me sacodiu com força enquanto gritava desesperadamente.

– DEMÔNIOOOO, MONSTROOO. – Em instantes apareceram homens e colocaram uma camisa de força nela.

Minhas pernas estavam bambas e eu estava chorando compulsivamente.

Senti Josh me abraçar por trás e deixei meu corpo amolecer, eu estava muito triste em ver Yonta tão mal e me odiando.

Ela chorava e se balançava inteira. Os homens deram um sedativo e ela desmaiou. Eles a levaram para dentro do prédio e comecei a soluçar.

– Ela me odeia. – Falei e Josh me virou para ele, arrumando meu cabelo com os dedos.

– Ela está perturbada. – Disse e chorei mais.

– Me tira daqui, vamos embora. – Pedi e ele assentiu.

Josh me guiou até o carro e entramos. Coloquei meu cinto e olhei novamente para aquele lugar.

O meu ódio por Heitor só aumentava, como ele foi capaz de estuprar tanto uma mulher a ponto dela ficar louca. O pior era saber que eu tinha o sangue dele correndo em minhas veias, Yonta por mais perturbada que fosse tinha razão em algo, eu era igual a ele.

Mesmo sangue, mesmo gênio ruim, mesmas ironias...

– Calma amor. – Ouvi Josh dizer enquanto acariciava minha perna e percebi que eu chorava alto.

– Eu sou igual ele Josh, eu sou igual ele. – Falei e ele me olhou preocupado.

– Não, você é completamente diferente de Heitor! Você tem um coração enorme, pensa sempre nos outros antes de você, você todos os dias salva inúmeros animais, ajuda ONGs, você é umas das melhores pessoas que eu conheci. – Disse e encostou o carro em um parque florestal.

– Porque parou aqui? – Perguntei e ele saiu do carro me tirando também.

– Porque quero que se distraia. – Disse e me abraçou de lado.

Fomos caminhando devagar até um banco. Nos sentamos e apoiei minha cabeça no peito de Josh.

Meu choro tinha cessado e só a dor do meu coração insistia em permanecer latejando. O sol batia em meu rosto e senti Josh me beijar na cabeça.

– Será que ela tem cura? – Perguntei baixo e Josh suspirou.

– Quer que eu seja bom ou sincero? – Perguntou triste.

– Sincero. – Pedi e ele respirou fundo.

– Não... Quando ela te abandonou já estava com problemas mentais e você está com 26 anos. – Disse e suspirei.