O NAMORADO DA MINHA MELHOR AMIGA

ÚLTIMO CAPÍTULO - PARTE I

RETA FINAL
02/10

No capítulo anterior...

Desci do carro e entrei na cede policial correndo.

Meus olhos encheram de lágrimas quando vi minha princesa sentada em um banco com um cobertor em volta do corpo.

– Meu amor. – Falei a pegando no colo e a enchendo de beijos. – Eu te amo tanto.

– Eu estava com saudades papai. – Disse e segurou meu rosto com suas mãozinha.

– O que aconteceu? Como você veio parar aqui? – Perguntei e ela fez um bico.

– Mamãe me tirou da sala escura que a gente estava quando o homem mal não estava lá. Ela disse para eu correr bem rápido e pedir ajuda. – Disse e beijei sua testa arrasado.

– Sua esposa foi sequestrada com a sua filha? – O policial que havia cuidado de Jade disse e assenti.

– Ela está grávida de cinco meses. – Falei e ele arregalou os olhos.

– Sua filha chegou falando seu endereço e nome, ela estava preocupada com um “homem mal” – Disse e suspirei.

– Precisamos salvar minha esposa, e ela está aqui perto. – Conclui olhando para a Mata que tinha na frente do posto policial.

Agora...

ANY GABRIELLY

A noite chegou novamente e com ela meu desespero aumentou, só de pensar em Jade meu coração doía.

Será que minha pequena está bem? Será que achou ajuda? E se ela estiver perdida?

Ouvi barulho de carro e meu coração disparou, eu comecei a soar frio de medo. Ouvi passos rápidos e um grunhido.

– Como você abriu isso Vagabunda? – Heitor perguntou colocando a escada dentro do porão e entrando.

– Você me subestima muito. – Falei e ele acendeu uma lamparina.

Ele olhou em volta e fez uma careta.

– Cadê a bastarda? – Perguntou e engoli seco.

– Diferente de você, eu amo minha filha e faço sacrificios por ela. – Falei e ele me deu um tapa forte no rosto.

– Você é uma imbecil, deixou ela sair. – Disse com raiva e assenti.

– Não ia deixar ela morrer comigo. – Falei quase chorando.

– E acha que nessa mata ela vai sobreviver? Uma criança pode ser picada por uma cobra, pode tropeçar e bater a cabeça, pode se perder e morrer de fome, e quem sabe encontrar um estuprador. – Disse e entrei em desespero.

– Não, Jade está bem. – Falei não acreditando naquilo. Eu comecei a chorar desesperada e ele riu.

– Para falar a verdade, eu nem queria ele mesmo, quero você. – Disse se aproximando e senti uma pontada na minha barriga.

Gritei de dor e me encostei na parede. Ele me olhava despreocupado e até contente.

– Está abortando, que bom. – Disse sorrindo e neguei.

– Não, eu não posso abortar. – Falei com dor.

Eu não poderia me entregar fácil, eu tinha que lutar pelo meus filhos, por Josh, pelos meus pais e por mim.

Olhei para a escada atrás de Heitor e resolvi arriscar. Aumentei o meu choro e o olhei.

– Eu preciso de água, pai. – Falei e ele sorriu mais.