Capítulo 04 - Hora do Banho

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Dipper se escondeu debaixo dos cobertores quando levou outro susto com o filme. Ele odiava que aquelas táticas baratas malditas de filmes de terror funcionassem nele. Um grito o fez ficar completamente debaixo das cobertas.

- Droga! - Ele gritou. O adolescente se afastou do tecido e gritou novamente quando encontrou um olho dourado. - Droga, Bill! - Ele gritou, voltando para os lençóis.

Bill riu e estendeu a mão por baixo das camadas e agarrou e puxou o garoto para fora da cama.

- Oh, venha aqui Pinheiro. - disse ele, puxando o menino para fora da cama. O demônio foi capaz de tirá-lo de lá. Ele não pôde deixar de sorrir para o beicinho adorável.

- Você me assustou, Bill. - O adolescente lamentou, mas deixou o demônio pega-lo.

Bill pegou o adolescente no estilo nupcial nos braços e foi até a cabeceira da cama. Ele chutou seus sapatos polidos e descansou contra a cabeceira da cama. O demônio sentou o menino em seu colo. Ele passou os braços em volta da cintura do adolescente.

Dipper corou, mas reclinou-se contra o peito do homem.

- Você se divertiu? - Dipper perguntou carrancudo.

Bill riu.

- Talvez um pouco. - Ele respondeu risonho. Bill magicamente substituiu o filme de terror barato por A Bela e a Fera. - Aqui vamos nós.

Dipper sorriu. Seu estômago roncou um pouco e em um instante uma tigela de pipoca doce fresca caiu em seu colo. Dipper lambeu os lábios e começou a comer. Ele não nada assim no que pareceu anos. O adolescente estava prestes a abrir a boca quando uma lata de Coca Cola pousou na sua mão. Ele engoliu o punhado de pipoca e falou.

- Obrigado. - O prólogo rolou e a parte favorita de Dipper apareceu. - Oh, essa música é muito boa! - Ele disse quando a música começou a tocar.

Bill não queria admitir que estava gostando do filme. Era uma boa mistura de sombrio e excêntrico, apenas o estilo dele.

- Ei, pinheiro. Alimente-me com pipoca, sim?

Dipper olhou de volta para o demônio, perplexo. Ele deu de ombros e pegou algumas pipocas e as colocou na boca de Bill. O demônio mordeu o dedo do adolescente. Dipper uivou e afastou a mão. Ele franziu o cenho, esfregando o dedo dolorido.

- Para que foi isso? - Ele perguntou calorosamente.

- Vingança por hoje mais cedo. - disse Bill. Ele deu um beijo na bochecha do adolescente.

Dipper tentou ficar bravo, mas era difícil depois de tudo o que Bill tinha feito por ele. O adolescente decidiu apenas relaxar no abraço do demônio. Ele não sabia por que estava gostando tanto disso, mas estava. O quarto era agradável e acolhedor, assim como Bill. No final do filme, Dipper se virou e olhou para Bill. O demônio ficou encantado com a história, assim como estava quando Dipper a leu.

Bill mordeu o lábio e continuou a assistir ao filme. Ele sabia que o pinheirinho estava olhando para ele, mas ele estava muito ocupado assistindo o cara morrer.

Dipper mordeu o lábio. Por alguma razão, ele não conseguia parar de olhar. O adolescente se virou um pouco no colo de Bill, aninhado no pescoço do demônio. Ele nunca sentiu vontade de estar tão perto de alguém. Um problema começou a surgir, tornando a sessão ainda quase impossível. Dipper lambeu os lábios, dando outro olhar cauteloso para Bill antes de se aproximar do pescoço do demônio.

Os olhos de Bill reviraram quando dentes tímidos mordiscaram seu pescoço. O demônio rosnou.

- É melhor você parar Pinheiro antes que eu não possa.

Um AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora