Capítulo 12 - Maturidade e Bolhas

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Dipper gemeu, esfregando os olhos cansados. Ele olhou em volta confuso. O adolescente deu de ombros, ele deve ter desmaiado. Pelo menos Bill o colocou em um pijama. Falando em Bill... Dipper se virou e descobriu que a cama estava vazia. Ele franziu a testa, tocando o espaço onde o corpo do demônio esteve.

- Ah garoto, você está me fazendo sentir mal.

Dipper sorriu e sentou-se. Ele corou um pouco, vendo Bill flutuando lá em toda em sua forma triangular.

- Pensei que você tivesse saído. - disse o adolescente, brincando com o cobertor. Ele levantou os joelhos e deu um tapinha neles.

Bill mudou-se para sentar nas pernas do adolescente.

- Sim, você meio que desgastou meu corpo. Ele precisava recarregar, por assim dizer. Eu tenho usado muito ele quando me encontrei com líderes e essas merdas, o pobre rapaz bonito precisava de uma pausa.

Dipper balançou a cabeça.

- Você é tão narcisista.

- Não é narcisismo se outras pessoas concordam. - brincou Bill, beliscando a bochecha do adolescente. - Eu não posso acreditar o quanto você cresceu.

- Eu ainda sou jovem, Bill. - disse Dipper.

- Eu posso torná-lo mais velho, se você quiser. - disse o demônio com indiferença.

- Sério?! - o adolescente perguntou. - Você pode fazer isso?

O triângulo deu de ombros.

- Quero dizer, eu poderia, mas isso vai te custar.

Dipper sorriu.

- O quê?

Bill parou um momento parecendo pensar sobre isso.

- Bem... - ele materializou sua bengala e começou a girá-la. - O que você está disposto a me dar?

Dipper mordeu o lábio. Um sorriso malicioso se espalhou por seu rosto.

- Vou usar lingerie debaixo do meu vestido, você pode escolher.

Bill cuspiu e caiu dos joelhos do adolescente.

- Que porra e essa Pinheiro?! - o demônio chiou.

Dipper caiu na gargalhada ao ver Bill pego de surpresa. O demônio era um rosa brilhante. Dipper continuou a rir quando tapas brincalhões pousaram em seu rosto.

- Pirralho estúpido! Não comece a jorrar... coisas assim! - Bill gritou, continuando a golpear o adolescente.

Dipper agarrou as mãos pequenas e sorriu.

-Vamos lá, acho que é um bom negócio. Além disso, estou curioso para saber o que você escolherá. - Ele admitiu.

- A curiosidade matou o gato, garoto. - alertou o demônio.

Dipper sorriu.

- Mas a satisfação trouxe de volta. Não é verdade, Sr. Dorito?

Bill riu. Ele brincou com alguns fios de cabelo encaracolado de Dipper.

- Você sabe, se você tivesse me chamado assim antes, eu teria pelo menos arrancado um membro seu.

Dipper sorriu. O adolescente aninhou-se no toque doce.

- Sim, naquela época, se você tivesse entrado no meu quarto e brincado com meu cabelo, eu teria tentado exorcizar você.

O demônio sorriu.

- Oooh, parece excêntrico!

Dipper começou a rir novamente, empurrando Bill de brincadeira.

- Você é tão esquisito. - disse o adolescente. Ele se moveu para deitar na cama. Bill flutuou de volta para ele, sentado ao lado de sua cabeça. Ele não pôde deixar de sorrir. - Então, você vai me envelhecer? - Dipper perguntou.

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