POV: ARTHUR
Terça-Feira, 14h, Apartamento do Arthur.
Thais: Você promete que vai ficar bem?
Arthur: Prometo!
Thaís: Promete que vai ligar se acontecer alguma coisa?
Arthur: Olha me avisa se uma lista de promessas for grande eu vou sentar. - falei cruzando os braços
Thais: Seu besta! - Falou rindo e deixando uma lágrima cair.
Arthur: Ih, sem choro Thais. Vem cá! - puxei ela pra um abraço. Tá tudo bem, eu vou ficar bem e vou manter vocês informados, tá bom pra senhora?
Thaís: Como se eu não te conhecesse né? - soltou do abraço dando um tapa no meu braço.
Arthur: Eu sou um novo homem irmãzinha, um ser evoluído, confia! - falei fazendo ela cair na gargalhada. Agora vai pra não perder o voo. Puxei ela pra mais um abraço e ela desceu quando o aplicativo notificou que o motorista tinha chegado.
Nunca conseguiria agradecer, nem com muito esforço tudo que a minha irmã fez por mim durante todos esses meses e desde que eu sai do programa ela simplesmente largou a vida dela e veio ficar do meu lado e tentar colocar a minha no lugar, mas nos últimos dias percebemos o Pedro tristinho e demonstrando mais saudade que o normal e eu prontamente falei pra ela ir pra Conduru ficar com ele. As coisas estavam estava dando muito certo e financeiramente era viável ela continuar trabalhando comigo, mas não podia ser assim do dia pra noite e em muitas coisas ela limpa me ajudar de lá. Tinha uma pizza na geladeira e eu fui esquentar pra almoçar, sim o crosfiteiro foi passear e nunca mais voltou, mas eu ia lutar pra trazer ele de volta, junto com meu ombro. Comi a pizza no sofá enquanto mexia no Instagram vendo os directs, eu amava mandar mensagens aleatórias no grupos que tinham de fãs. Abri um que era "Garrafinha do Arthur" e mandei um áudio perguntando se eles já tinham bebido água hoje, as reações eram sempre as melhores possíveis. Abri outro que era de Carthur e vi que eles tinham me mandado uma kit do flamengo que eu tinha recebido hoje de manhã e mandei uma foto com o presente agradecendo. Fui levar as coisas pra pia quando escutei meu celular tocando e corri pra ver quem era.
Ligação ativada.
Arthur: Faaaala Pocahontas! - falei abrindo um sorrisão
Pocah: Fala tu canalha de Conduru, como tá?
Arthur: Correria né, mas tudo de boa! E por ai como tão as coisas?
Pocah: Só glórias glórias! Tu vai tá no Rio no final de semana?
Arthur: Vou sim, porque?
Pocah: Sábado é aniversário do Ronan e a gente vai fazer um churrasco aqui em casa, só a gente mesmo, bota a porra do PCR em dias e eu não aceito desculpas.
Arthur: Oh louco óbvio que eu vou!
Pocah: Ah, só pra você saber, a Vitória não ver a hora de conhecer o Tio Samambaia, então trate de atender as expectativas da minha filha seu tóxico.
Arthur: O que ?? Tô saindo de casa agora pra providenciar a fantasia de samambaia! - caímos na gargalhada.
Pocah: Cadê você e a Carla Díaz já resolveram a vida de vocês?
Arthur: Resolver é uma palavra forte, mas a gente tá de boas, bom, pelo menos eu acho né.
Pocah: Tão amiguinhos é? - disse debochando.
Arthur: Melhor assim do que cada um se odiando num canto né não?
Pocah: Amigos Arthur, AMIGOS?
Arthur: É PORRA!
Pocah: AMIZADE DE CÚ É ROLA ARTHUR, ME ECONOMIZA!
Arthur: Ai Pocah, facilita.
Pocah: Enfim, vocês que lutem, porque eu vou chamar ela e não quero torta de climão no meu churrascão, tchu tcha, tchu, tcha - fazendo batida de funk
Arthur: Jamais!
Desliguei o telefone e fui lavar as louças que tinha sujado no meu almoço super complexo: um prato, um talher e um copo. Aproveitei para fazer os exercícios da reabilitação do ombro, como tava com preguiça de descer pra academia fiz em casa mesmo com os equipamentos que eu tinha, que diga-se de passagem, super quebravam o galho, fiz uns abdominais também porque a gente tem que ter e foco pra manter esse físico barrigudo equilibrado, foi pouco, mas o suficiente pra me deixar um poço de suor, pode-se dizer que tá pago. E os planos de passar direto pro banho foram interrompidos com a campainha tocando.
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CONTRAMÃO
FanfictionEla sempre buscou doar seu melhor, mas nem sempre a vida lhe foi recíproca. Agora ela também sabe iludir, sabe colecionar corações, fazer com que as lágrimas caiam, enganar e brincar de ilusão. Atos de defesa ou sobrevivência? A pergunta é: interpr...