Capítulo 37

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POV CARLA

Quinta-feira, Hotel Rio de Janeiro.

Onde que eu tava com a cabeça de achar que uma ideia vinda da cabeça da Rebecca e do Vini tinha alguma chance, mesmo que remota de funcionar? Parabéns Carla Diaz, parabéns!

XXXXXX: MEU DEUS OLHA QUEM TÁ AQUI! - ouvi a voz empolgada vindo das minhas costas que me fez sair voando do colo do Arthur.

XXXXXX: QUEM É HELENA? - perguntou um Senhor chegando na porta e se juntando ao que parecia ser sua esposa.

Helena: A MENINA DA NOVELA ANTÔNIO! - bateu uma palminha fofa no ar olhando pra ele.

Antônio: Novela!? Você não é aquela moça nova que comenta os jogos de futebol ? - falou colocando o óculos na provável tentativa de me reconhecer.

Arthur: Futebol? - riu atrás de mim.

Carla: Cala a boca! - disse entre os dentes.

Vini: Ela já fez um pouco de tudo Sr. Antônio, sabe como é a vida a gente tem que se virar e saber fazer um pouco de tudo né? - pulou na nossa frente.

Arthur: Melhor do que ela comentando é só ela jogando mesmo Sr. Antônio, a bichinha só é pequena, mas joga o fino! - fez o sinal de ok com as duas mãos.

Carla: Não piora! - dei uma cotovelada pra ele parar e ele segurou pra não rir.

Rebecca: O ELEVADOR GENTE, ELEVADOR DESCENDO! - gritou no final do corredor, talvez pra se certificar que eles pudessem ouvir, mas achei que tava mais pra o prédio todo ouvir mesmo.

Eles se despediram e foram caminhando de mãos dadas pro elevador e a gente aproveitou e correu pro quarto. O Arthur foi logo se jogando na cama rindo.

Arthur: Comentarista de futebol, meu Deus eu vou morrer! - disse em meio as gargalhadas com mão na barriga.

Carla: Não teve graça! - cruzei os braços.

Arthur: Vem aqui brava! - sentou na cama e estendeu o braço e eu parei do lado colocando os braços no seu pescoço. Altura boa! - riu.

Carla: Altura boa! - dando um selinho.

A Rebecca e o Vini entraram no quarto e depois de muito me zoarem a gente foi ver as fotos e não é que tinham ficado boas? Ok, não tinha sido uma ideia tão ruim! O Vini manda muito, é sempre muito leve fotografar com ele, a gente sempre se conecta muito fácil e as fotos fluem como uma conversa atoa e só pelo resultado bruto, acho que o Arthur também entrou na conversa.

Rebecca: Não gente, vocês tem noção que a Dona Helena e o Sr. Antônio acabaram de conseguir o que nenhum site de fofoca conseguiu? - colocando a mão na boca.

Vini: E eu tenho os mimos que nenhum fã-clube de vocês tem, acho que vou vender, tô com os planos de ficar rico esse ano mesmo, é uma ótima oportunidade... MANDA O PIX CARTHURZINHOS! - sambou erguendo a câmera.

Carla: Ah pronto!

Arthur: Nossa moral num vale nada viu linda?

Rebecca: Linda? Ai meu Deus a diabete que bateu aqui em mim agora. - com a mão na testa.

Vini: Linda pra lá, lindo pra cá... Eu não mereço isso, me retiro, eu e minha companheira carência, ops, Rebecca. - levantando e estendendo a mão pra Rebecca.

Rebecca: Boa noite pra quem transa e pro resto, noite! - pegando a mão do Vini e eles foram pro quarto deles e eu fui tomar um banho.

Carla: Meu Deus que dia! Se eu levantar os braços hoje, Jesus me leva! - voltando pro quarto e colocando meu celular pra carregar na mesa do lado da cama.

Arthur: Deita aqui! - bateu na cama.

Carla: Como que a gente vai fazer pra sair daqui? - falei deitando no peito dele.

Arthur: Essa é uma missão pra você sabe quem! - ele riu beijando a minha testa.

Carla: Thaylise? - levantei o rosto olhando pra ele.

Arthur: Tenho até medo do que ela vai arrumar, mas a gente não tem muitas opções!

Carla: Realmente, dela ninguém nunca sabe o que esperar! Agora vem cá que a gente quase não se agarrou hoje... - falei puxando ele pelo pescoço selando nossas bocas e logo um beijo lento, de tantos que a gente já tinha trocado, daqueles que já conhecem o caminho a ser percorrido e dançam sem precisar de música.

Arthur: Vou te falar viu, esse seu pijama de corações sem buraquinhos despertas meus pensamentos mais impuros! - ele apertou minha cintura me puxando ainda mais pra ele.

Carla: Você já tá cansado de me ver como ele, não lembra que eu vivia com ele?

Arthur: Como se eu pudesse esquecer, tem um vídeo no meu twitter da gente, você tá com ele, todo dia tem alguém me dando bom dia nele.

Carla: Jura? - rindo.

Arthur: Tinha dia que eu tinha vontade de bater minha cabeça na parede de tanto que eles me marcavam nesse vídeo.

Carla: Não é possível. - falei me ajeitando pra conseguir olhar pra ele.

Arthur: É porque você não entra muito no twitter, eles sabem as falas decoradas, as nossas falas Carla. - ele riu mexendo no cabelo.

Carla: As vezes eu nem consigo acreditar que tem tanta gente que gosta da gente, a gente era dois chatos.

Arthur: Ah sei lá, somos chatos carismáticos, o carisma ganhou da chatice. Às vezes eu também não acredito, mas rolou né? - concordei.

Carla: Eu amei a surpresa tá? Obrigada! - passei a mão na barba dele.

Arthur: Não agradeça! - ele tirou uma mecha do meu cabelo que tava caindo no meu rosto e colocou atrás da orelha.

Carla: Parece que não é só os fãs que sabem as falas decoradas ein?

Arthur: Foi você que me deu gatilho com esse pijama de coração ai, tô me sentindo no colorido! - concordei.

Carla: Então vamos relembrar os velhos tempos... - puxei o edredom.

Arthur: Não, não, tira esse edredom do capeta daqui, isso não me pertence mais! - ele tirou o edredom afobado e jogou pra ponta da cama e empurrou com os pés até cair no chão. - e eu gargalhei do desespero dele.

De fato a noite foi um grande dejavú, dormimos depois de conversar sobre vários assuntos aleatórios comigo deitada no peito dele e ele fazendo carinho no meu cabelo. Nem eu sabia o quanto sentia falta disso, dele, da gente.

CONTRAMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora