Ela sempre buscou doar seu melhor, mas nem sempre a vida lhe foi recíproca. Agora ela também sabe iludir, sabe colecionar corações, fazer com que as lágrimas caiam, enganar e brincar de ilusão. Atos de defesa ou sobrevivência? A pergunta é: interpr...
Sexta-feira, Hotel Rio de Janeiro/Apartamento do Arthur.
Acordamos no Hotel e confesso que foi difícil deixar ela levantar da cama, a única vontade era passar o dia todo envolvido naquele aroma de bambu viciante que vinha do cabelo dela esparramado no meu peito, enrolamos até por volta de meio-dia mas o dever chamava. Ela tinha uma live a tarde e pra evitar qualquer incidente eu fui pro quarto onde tava o Vini e a Rebecca e a gente ficou dando risada vendo os making off da nossa quase trágica sessão de fotos da noite anterior enquanto a Carla fazia a live. Eu liguei pra Thaylise pedindo ela pra ir buscar a gente no hotel quando a Carla terminasse a live.
Carla: QUE PORRA É ESSA? - berrou colocando a mão boca e rindo enquanto eu olhava pra Thaylise dentro do carro toda de casaco preto com capuz, boné e óculos escuro.
Thaylise: Para de gritar e entra logo no carro! - enquanto abria a porta pra Carla entrar.
Arthur: Meu Deus Thaylise o que é isso? - disse sentando no banco de trás.
Thaylise: Porra, se abaixa, se abaixa! - fez sinal com a mão por de trás do banco e eu deitei de lado. Olha o passarinho Carla Diaz! - se referindo ao paparazzi que tava do outro lado da rua.
Carla: Você tá eleita a melhor pilota de fuga da história! -falou rindo.
Arthur: Aulas, cria! - bati no seu ombro.
Thaylise: Respeita a mãe, caralho! - disse se levantando do banco e rebolando a bunda.
Arthur: A propósito, seu disfarce tá parecendo aqueles das três espiãs demais, o Jerry te chamou pelo espelhinho foi? - ela me mostrou o dedo do meio enquanto saia da garagem.
Carla: Você assistia três espiãs demais? - virando pra me olhar.
Arthur: É lógico! - dei os ombros.
Thaylise: Vei na boa, você é um ser humano tão peculiar, que só conhecendo pra acreditar! - riu balançando a cabeça.
Arthur: Ué gente, eu sou do tempo da TV GLOBINHO! Assistia Jackie Chan, Caverna do Dragão, Hamtaro, Digimon, Dragon Ball, Kim Possible. - disse contando com os dedos.
Carla: Vai dizer que você assistia as WINX também?
Arthur: SEI QUE VOCÊ VAI QUERER SER, UMA DE NÓS! WINX, QUANDO DAMOS NOSSAS MÃOS.. NOS TORNAMOS PODEROSAS, PORQUE JUNTAS SOMOS IN-VEN-CÍ-VEIS!!! - cantarolei enquanto elas gargalhavam
Chegamos no meu apartamento e subimos no elevador com a Carla ainda tendo crises de riso toda vida que eu performava a abertura de WINX.
Arthur: Risada gostosa! - falei abraçando ela por trás enquanto tentava digitar a chave de acesso da fechadura.
Carla: Isso não vai dá certo... - tentando empurrar as malas e fugir do abraço rindo.
Arthur: É Dona Carla, quem não aguenta bebe água... - falei entrando e parei no segundo passo dentro do apartamento e me deparando com o apartamento todo em meia luz, com uma tábua enorme de sushi em cima da mesa e algumas fotos da gente espalhadas pela mesa.
Carla: Quem não aguenta o que? - disse passando os braços na minha cintura e dando um beijinho nas minhas costas.
Arthur: Você que fez isso? - passei o braço pelo pescoço dela e ela sem tirar os braços da minha cintura veio pro meu lado.
Carla: Na verdade eu pedi ajuda pra Thaylise e acho que e talvez, só talvez, ela tenha se emocionado um pouco no conceito de "noite de japa" - indo até a mesa e rindo mostrando as quatro caixas de vela em cima da mesa.
Arthur: Ela foi buscar a gente disfarçada, se tem uma coisa que a gente pode sempre esperar dela é emoção! - rimos.
Carla: Tem um bilhete! - falou pegando o cartão dentro de um dos pratos.
Se não for pra fazer direito eu nem faço! O vinho tá na geladeira e tem yakisoba no forno caso o pica de Conduru não coma o sushi.
Amo vocês, aproveitem a noite, reproduzam!
Thay
Arthur: É isso mesmo Brasil? Carla Diaz toda romântica? - cruzei os braços rindo.
Carla: Você acha que só você tem local de fala pra fazer surpresinhas Arthur Picoli de Conduru?- colocou as mãos na cintura e me encarou cerrando os olhos.
Arthur: Obrigada coisa linda, eu adorei! - dei a volta na mesa abraçando ela pela cintura.
Carla: Quero ver você adorar o sushi...- falou passando os braços pelo meu pescoço e me dando um selinho.
Arthur: Eu adoro você, já tá bom! - dei outro selinho e ela riu.
Carla: Vamos comer logo que eu tô morrendo de fome.- soltou do abraço.
Arthur: Vou pegar o vinho! - falei indo até a geladeira.
Carla: Sushi é afrodisíaco sabia? - enquanto colocava algumas peças de sushi no prato.
Arthur: Ah é? - sentei na cadeira de frente pra ela e servi o vinho nas taças.
Carla: É o que dizem... - pegou a taça que eu entreguei.
Arthur: Amo sushi, a partir de hoje daquela porta pra dentro, só entra sushi nessa residência! - ergui a taça em direção a porta e depois coloquei na frente dela sugerindo um brinde.
Carla: Bobão! - me olhou rindo e ergueu a taça.
Arthur: Ao sushi e todo o seu teor afrodisíaco! - brindamos.
Por mais irreal que tudo pareça, aparentemente estávamos na fase de cumprir algumas promessas que foram feitas de forma despretensiosas, ou não. Depois de tantos desencontros, o sushi na minha casa veio. Éramos só nós, sem nenhuma contagem pra zerar, sem câmeras, sem mágoas... Só nós e o nosso nós!
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