Capítulo 30

2K 74 28
                                    

POV CARLA

Terça- feira, Apartamento da Família Díaz.

Depois de uma noite de sono muito bem dormida, é, tenho que reconhecer que existem peitorais muito melhores do que todos os travesseiros de pena de ganso que a Dona Mara compra aqui pra casa e braços muito mais acolhedores que as mantas de veludo quentinhas que eu tanto amo. Dormi o famoso sono dos justos. Acordei com o Arthur me chamando.

Carla: Oi... - falei ainda sonolenta.

Arthur: Bom dia dorminhoca! - falou baixando e dando o beijo no meu rosto.

Carla: Você já tá acordado?

Arthur: Vem levanta, a gente tem que ir tomar café, vem!

Carla: Mas gente como assim? - falei sentando na cama.

Arthur: Só vem Carla! Você já vai saber! - disse todo empolgado indo saindo do quarto e me arrastando pelo braço.

Carla: Alguém pode me explicar o que tá acontecendo? - perguntei ainda mais confusa quando cheguei na varanda e vi a Rebecca sentando minha mãe, tão sonolenta quanto eu na cadeira.

Mara: A única coisa que eu sei, é que eu fui arrancada da minha cama e até agora não vi razão nenhuma pra isso.

Carla: Pelo menos, eu não foi a única. - falei sentando na cadeira.

Arthur: Eu garanto pras senhoritas que foi por um bom motivo! - sentou do meu lado, me olhou sorrindo todo empolgado, pegou minha por debaixo da mesa e olhou pra Rebecca, como se nós fossemos assistir a uma apresentação e eu olhei pra ela sem entender nada.

Rebecca: Olha eu ensaiei toda uma fala bonitinha , mas eu acabei esquecendo tudo, e eu tô me tremendo toda aqui, então eu vou falar de uma vez. Passei na UFRJ! - falou antes de cair no choro.

Não preciso nem dizer que foram DIAZ de chororô naquele café da manhã né? Quando uma parava, a outra começava. Nós sabíamos o quanto isso era importante pra Rebecca, o quanto ela tinha se esforçado pra isso e principalmente, o quanto ela merecia. No fundo era uma conquista de todos nós e foi muito bonitinho ver o Arthur comemorando e sentindo-se parte disso e pelo visto ele ainda soube antes da gente (guardarei isso para um drama futuro). Mas pelo que eu conheço da Rebecca, ela não abriria as aflições dela sem antes ter conseguido arrancar algo dele também. Vê-lo se abrindo de novas formas, com novas pessoas, só mostra o quanto ele tem se esforçado pra melhorar. Confesso que tá vendo ele todo feliz com a minha família ativou um sentimento dentro de mim que eu ainda não sei explicar. É tão bom ver elas conhecendo o Arthur, o que eu sempre quis apresentar pra elas, o que eu pude conhecer e me apaixonar. E era esse que tava ali na minha cozinha lavando as louças do café enquanto a Rebecca começava as mil ligações de vídeos para contar a novidade, o que obviamente, resultou em mais lágrimas, lágrimas muito felizes.

Depois de toda euforia com a notícia da aprovação da Rebecca, ela e a minha mãe foram logo na Reitoria da UFRJ pra eles conferirem a documentação da matrícula. Eu tava no meu quarto separando algumas roupas que ia precisar pra umas fotos enquanto ouvia o Arthur argumentando com o Chaplin a importância dele tomar o remédio e pedindo pra ele colaborar. Coloquei as roupas na mala e mandei mensagem pra minha mãe falando que já tava saindo de casa pra elas irem pro hotel quando voltassem. Íamos passar três dias no hotel para fazermos as fotos e óbvio que eu ia arrastar elas comigo.

Carla: Vamos? - Cheguei na sala com as malas.

Arthur: Caralho, você vai passar quantos dias lá? - falou olhando pras malas.

Carla: Ai lindo, são muitos looks, sabe como é a vida da blogueira brasileira né?

Arthur: Os looks devem ser lindos, mas que você fica melhor sem eles, você fica! - falou colocando os braços na minha cintura.

Carla: Assim, eu acho que isso é uma coisa que o Brasil pode continuar sem saber né? - ele fez um biquinho e concordou com a cabeça várias vezes. Então pronto, mantemos os looks nas publis! - falei rindo.

Arthur: Enquanto eu tiver tendo esse privilégio, tá ótimo! - piscou o olho antes de enterrar a cabeça no meu pescoço dando vários beijinhos.

Carla: É meu querido, esse privilégio é pra poucos viu? - falei e ele tirou a cabeça do meu pescoço quase na mesma velocidade em que as palavras saíram da minha boca.

Arthur: Poucos? - disse arregalando os olhos e erguendo as sobrancelhas.

Carla: De um só! - puxei ele pelo pescoço dando vários selinhos enquanto ria da cara emburrada dele.

Arthur: Sei Dona Carla, sei! - falou agora desfazendo o bico e retribuindo os beijos.

Descemos com as malas e eu se chocou ainda mais com o peso do que com o tamanho delas. Ai, homens... Ele tava dirigindo com a mão na minha perna e eu fazia carinho no braço dele enquanto respondia uma mensagem do escritório sobre os trabalhos da semana. Começou a tocar a música "Vou Revelar - Atitude 67".

Arthur: Eu adoro essa música! - Aumentou o volume e pegou minha mão deu um beijo e começou a cantar segurando nossas mãos coladas no peito dele. Achei tão fofo, abri a câmera do meu celular e tirei uma foto. Você tá filmando? - perguntou rindo.

Carla: Já que as pessoas não podem ver, vou guardar esse momento pra mim né? - falei guardando meu celular.

Arthur: Grava no meu, vai no refrão você começa! - falou me entregando o celular dele.

Carla: Pera ai garoto, vai de novo que deu pra me ver no seu óculos, você não pode olhar pra mim né?

Arthur: Oh linda, como que eu não vou olhar se eu tô cantando pra você?

Carla: Linda? - falei sorrindo de orelha a orelha com a carinha dele me chamando de linda.

Arthur: Linda, maravilhosa, gostosa, deliciosa, perfeita... tenho vários pra você escolher! - falou berrando no carro.

Carla: Linda tá ótimo! - disse rindo.

O refrão começou de novo e eu gravei, depois de assistir o vídeo 15 vezes, confirmei que eu não aparecia, tudo limpo! Ele queria que eu escrevesse "tô com os quatro pneus arriados, ferrou família!" Eu ri e falei que ia colocar com outras palavras e ele concordou. Chegamos no estacionamento do Hotel e quando eu ia descer pra pegar as malas ele puxou minha mão

Arthur: Espera!

📝 Oieeeeeeeeee, Thay aqui! 📝

IS BACK MEUS CONSAGRADOS...
Primeiramente, perdão por todo o abandono. Depois de uma semana fora de casa preciso colocar minha vida em ordem, mas não podia deixar de me redimir com vocês aqui o quanto antes né? Lamento pelo transtorno e voltaremos ao normal, naquela constância que a gente ama o mais rápido possível. Obrigada aos meus onze fanfiquers por não desistirem de mim, mamãe ama vocês!

CONTRAMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora