Not So Innocent | Draco Malfoy

CINCO

Pov Eliza

Esta manhã me preparei para as aulas como em qualquer outro dia. Com exceção do pensamento constante sobre o que aconteceu ontem na biblioteca.
Minha cabeça se enchia de tantas perguntas e confusão.

Acabei pronta mais rápido do que o normal, então desci para a sala comunal e sentei na mesa onde normalmente me sento. Peguei meu livro e tentei me concentrar nisso, ao invés do beijo de Draco. Mas o jeito que ele beija é tão bom, tanta luxúria e paixão. 
Eu só beijei um outro garoto antes e era um garoto da Corvinal, no quarto ano após o baile. Foi desleixado e definitivamente sem tanta paixão quanto Draco.

Não, definitivamente Draco não me beijou como se eu fosse sua presa e ele fosse um predador que não se alimentava há dias. Ele me beijou com tanto desejo. E isso está me deixando querendo mais. Desejando ele...

Não! Não! Eu não vou me envolver com Draco, há tantas as pessoas... 
Eu cheguei até aqui sem ter uma má reputação ou sem deixar ela ser arruinada. Resta apenas mais dois anos.

Levantei os olhos do meu livro e vi Draco saindo do dormitório masculino com Blaise e Theodore. Nossos olhos se encontraram imediatamente. Seus lábios formaram um sorriso malicioso, semelhante ao que ele fez depois do nosso beijo. E então ele piscou para mim e desviou os olhos para outro lugar.
Não serão dois anos fáceis se ele continuar fazendo merdas como essa.
 
— Ei! — Daphne me fez pular enquanto ela batia as mãos na mesa — Estou pronta.

— Jesus, Daphne, não precisa me dar um ataque cardíaco — eu disse enquanto me levantava da cadeira.

— Desculpe — ela disse envolvendo um braço em volta do meu ombro — No que você estava pensando?

— Não... Nada.

— Muito bem então. De qualquer forma, você vai esta noite?

Porra! Eu esqueci da festa.

— Hmm, talvez — eu disse.

— Ah, por favor, venha! — ela gemeu.

— Vou pensar sobre isso.

●

A Festa - mais tarde naquele dia.
 
— Eu vou ver você lá? — Daphne disse enquanto abria a porta. 

Eu sabia que ela queria que eu fosse, mas não queria ser ignorante. A festa já havia começado, então eu chegaria tarde se fosse.

— ... sim — eu soltei. Não tinha certeza se eu estava mentindo ou não.

Ela sorriu animadamente e saiu fechando a porta atrás dela.

Eu sentei na minha cama, indo profundamente em meus pensamentos. Devo ir... Não devo ir.
Sabe de uma coisa? Sim, eu vou. Estou farta de ser chata. Eu preciso fazer algo emocionante de uma vez. Se libertar por uma noite. Se divertir para variar. Será uma boa distração.

Me levantei rapidamente e fui até meu guarda-roupa, vasculhando as roupas. Nada! Merda nenhuma!

Isso foi até que me lembrei da mala debaixo da minha cama. A mala que guardei com as coisas que não vestia mais ou coisas aleatórias que queria manter escondidas. Por exemplo, uma garrafa de vodka trouxa ou o maço de cigarros de menta ou o vestido preto super sexy. BINGO!

Lembrei que trouxe de casa, para o caso de algo acontecer. Você sabe, apenas no caso.

Eu o puxei e rapidamente coloquei sobre a minha calcinha rendada preta combinando. Eu fechei o zíper do lado e imediatamente o vestido abraçou minha cintura e minhas curvas. Era um vestido preto básico justo que ia até o meio da minha coxa. Tinha decote em V com alças finas. Eu me admirei no espelho, ainda tinha um coque bagunçado no cabelo, mas caramba, eu parecia bem!