CINQUENTA

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Pov Eliza

Eu segurei minha varinha, apontando bem para Noah. Ele usava uma capa preta e botas de cano alto, como sempre, o cabelo desgrenhado caindo no rosto e o mesmo sorriso que sempre está em seus lábios.

— Você criou coragem, eu vejo — ele disse. Chocado com minha confiança repentina.

— Cale a boca — eu disse com uma voz severa.

— Não precisa ser rude, Eliza. Vamos, você sabe que não estou aqui para matá-la. Estou salvando você para o fim...

Crucio — eu disse enquanto saia para fora da porta. 

Observei Noah cair de joelhos na minha frente. Um sorriso aliviado apareceu em meus lábios enquanto o observava estremecer de dor. Mas para alguém sendo torturado, eu esperava mais que isso. Noah estava simplesmente de joelhos, embora parecesse apenas sentir uma leve dor.

Ele agarrou meu pulso através da maldição. A confusão me inundando. Ele agarrou meu pulso com tanta força que deixei cair minha varinha enquanto ele me apertava.

— Você pode ter criado coragem, Eliza, mas você ainda é ridiculamente tola — ele rosnou enquanto se levantava, atirando minha varinha pelo quarto. 

Ainda segurando meu pulso, ele se elevou sobre mim como um gigante. Seus olhos escuros olhando para os meus.

— Eu sou um Avarias! Você realmente acha que uma Maldição Cruciatus comum vai me afetar?! — ele gritou enquanto empurrava minha mão e batia meu corpo contra a parede atrás de mim, descansando sua mão perto da minha cabeça, me impedindo de escapar.

— Antes de tentar me matar, você não quer pelo menos saber porque estou aqui, senão para matar você? — ele perguntou inclinando a cabeça.

— Por que? — eu o questionei.

— Que bom que você perguntou — ele sorriu — Veja, eu estava dando um passeio na floresta uma noite quando por acaso me deparei com um estábulo. Sempre tive uma queda por cavalos. Olhei para cima e...

Ele enfiou a mão no bolso.

— ... bem eu vi você, Eliza — ele ergueu fotos impressas minhas.

Fotos da outra noite. Quando eu e Draco estávamos no estábulo. Eu podia me ver, totalmente nua, em cima de Draco. Minha cabeça inclinada para trás e minha mão no meu peito. A outra foto, era eu mesma me inclinando, olhando para Draco.

— Não sabia que você era uma vadia — ele riu maldosamente enquanto dava uma olhada nas fotos.

— Me deixou com ciúmes de Draco. Agora eu vejo porque ele é tão protetor com você. Não quer que sua vagabunda perfeita se machuque — Noah disse enquanto colocava as costas da mão no meu rosto. 

Mudei minha cabeça para o lado, tentando me afastar de seu toque e olhar intenso.

— Eu pensei sobre isso... quero dizer, depois que tirei essas fotos, continuei olhando para elas. Eu queria encontrar você e... bem, vamos apenas dizer que eu não sou esse tipo de homem — Noah disse enquanto examinava meu corpo.

— Você é doente — eu deixei escapar com a voz trêmula.

Seu sorriso desapareceu de suas feições enquanto ele olhava para mim novamente. 

— Eu preciso que você faça algo por mim.

— Eu não vou fazer nada por você — eu cerrei.

— Sim, você vai! Ou você quer que toda essa escola patética veja o quanto você é uma vagabunda?

Eu tentei o meu melhor para escapar de seu corpo, ele estava tão perto de mim. Meu coração estava batendo forte no meu peito, eu me sentia tão envergonhada de mim mesma. Eu queria lutar. Mas como pude ser tão estúpida? Ele é muito mais forte do que eu. Muito mais poderoso. E agora ele tem fotos minhas transando com Draco.

— A menos que você queira que eu encontre outra maneira de fazer você fazer este favor — ele rosnou enquanto examinava meu corpo mais uma vez. Me fazendo sentir tão desconfortável.

— Não. Eu farei isso — suspirei irritada comigo mesma.

— Que gentil de sua parte — ele não pôde deixar de rir. 

Tentei desviar o olhar de seu rosto nojento e malvado.

— Eu preciso que você encontre um cristal para mim. É uma pequena pedra branca e deve estar em uma caixa marrom. Eu acredito que está na sala precisa. Eu mesmo faria isso, mas você e seus amigos me expulsaram e eu não posso me arriscar ser visto aqui.

— Então? Você vai encontrar para mim? — ele perguntou enquanto levantava meu queixo, então eu estava olhando para o seu olhar maligno — Se você não fizer isso, vou espalhar isso pela escola e não haverá como sair disso. Se você contar a alguém ou tentar algo eu não irei apenas espalhar essas fotos ao redor, eu farei algo que meus desejos estão me implorando para fazer com você.

— Eu farei isso — eu cuspi.

— Bom — ele se afastou de mim.

— Sabe eu acho que você e eu vamos ser melhores amigos — ele sorriu enquanto se virava. Ele deu uma última olhada em mim — Encontre rápido, eu voltarei em breve.

Ele se virou e desaparatou. No segundo em que ele se foi, soltei um suspiro que não sabia que estava segurando. Lágrimas escorreram pelo meu rosto. Porra. Eu quero matar ele. Eu quero lutar com ele. Mas eu simplesmente não posso. 

Parte de mim, quer correr até Draco e contar tudo a ele. Não me importo com as fotos, isso não valeria a pena. Mas então me lembrei do que ele disse, sobre o que ele faria comigo. Simplesmente não posso contar a ele.

Eu me levantei do chão e enxuguei meus olhos marejados. Fui até o banheiro e lavei o rosto com um pouco de água para parecer que não estava chorando. Respirei fundo e saí do meu dormitório, descendo para a sala comunal.

Eu vi Draco sorrindo sobre algo com Theo. Blaise e Daphne se abraçando, e Pansy me notou descendo as escadas com um sorriso no rosto enquanto acenava para mim. Eu rapidamente forcei um sorriso no rosto enquanto olhava para eles. Todos eles completamente sem noção. Como pretendo mantê-los.

— Você está bem? — Draco perguntou quando me sentei ao lado dele.

— Claro — eu assegurei a ele. Lutando para manter minhas lágrimas longe e o sorriso estampado em meu rosto.

— Bom — ele disse enquanto me puxava para mais perto e colocava um beijo na minha cabeça.

Eu estava assustada. Eu estava com medo de Noah.

Not So Innocent | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora