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⚠️ Essa história tem final feliz, apesar do rastro de destruição pelo caminho.

Boa leitura.

Capítulo 1

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Capítulo 1

NOVO MUNDO

Futuro paciente: JEON JUNGKOOK, 00143

— Soltem ela ou eu acabo com vocês!

—  Pense bem, garoto. Você não pode matar todos os cinco sem que antes um de nós exploda os miolos dela.

O homem segurando minha mãe e com uma arma apontada para a cabeça dela, estava certo. Eu não posso matar todos eles. Ou melhor, não todos ao mesmo tempo.

—  Você virá conosco por livre e espontânea vontade? Sim ou não?

—  Livre e espontânea vontade? — repito e olho em volta. Tudo dentro da minha casa estava quebrado e havia estilhaços de vidro espalhados por todo o lugar. Eu lutei com eles, mas em meio ao caos soquei o rosto do meu pai por acidente e deixei-o inconsciente no chão. Então, neste segundo de distração, esses desgraçados pegaram minha mãe.

—  Jeon, não vá — minha mãe diz. O corte na testa dela ainda estava sangrando. — Eu sou sua mãe, meu filho. Eu poderia morrer por você, é isso que as mães fazem.

Permaneço em silêncio. Ouço o barulho da arma sendo engatilhada. O homem inteiramente trajado de vestes brancas começa a contar:

—  Um. 

 O cano da pistola pressiona a têmpora dela com força. Posso ver a pele ficando vermelha ao redor. 

—  Dois. Trê...

—  Pare! — grito.

Tomo fôlego e me coloco de joelhos.

— Eu vou.

— Bom garoto — respondeu, deixando um sorrisinho escapar dos lábios.

Os cinco homens me cercam. Um deles coloca algemas ao redor dos meus pulsos e o outro perfura meu pescoço com a agulha da injeção.

A dor instantaneamente me devora.

Isso dói como se milhares de mãos me esfaqueassem de novo e de novo. Se a dor continuasse, em poucos minutos eu perderia os movimentos do corpo.

—  Não, filho, não! Por favor, não! — A mulher que me deu a luz gritava desesperada com os olhos inundados de lágrimas enquanto me assistia sendo arrastado para fora. Angustiado, fixo o olhar no rosto dela tentando gravar cada detalhe dos seus traços. É provável que essa seja a última vez que eu a veja.

Encarando seus lindos olhos azuis, tento focar na minha memória mais feliz; quando eu e meu pai sentávamos no sofá com uma xícara de chá nas mãos e ela abria um livro muito velho e nos contava diversas histórias, sobre centenas de anos atrás, quando ainda éramos apenas humanos; quando nossa espécie acordava às seis da manhã para tratar os animais, cuidar da plantação e esperar pacientemente pela próxima colheita. Os homens escreviam cartas de amor, e as mulheres cortejadas se derretiam com as belas palavras. Parecia tudo perfeito, mas não era, nunca é.

Pensão Solitarius [Taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora