Prólogo

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Hermione
— Ronald, me escuta!  Falei pelo que me parecia a centésima vez — Não tem volta, eu não quero mais. Acabou! Aceite.

— Mas Mione, você não pode fazer isso comigo. Você não pode fazer isso com nós. Eu dei a minha vida e o meu coração a você e agora você está jogando tudo fora por nada! Você não pode ser tãp egoísta a esse ponto. Eu amo você.

Ele falou com os olhos cheios de lágrimas. Em algum lugar no passado, eu ficaria com pena e voltaria sem pestanejar, mas agora? Agora não. Ronald tinha ido longe demais. E aquela não era a primeira vez.

— Amanhã passarei aqui para pegar o restos das minhas coisas.

Virei para sair mas ele segurou meu pulso com força e me virou para olhá-lo.

— Eu juro que isso não vai mais acontecer. Foi um momento de raiva, mas que já passou. Eu juro, Hermione. Me perdoa.

Olhei pra ele, para seus olhos, tão castanhos e doces, que um dia já me tiraram o fôlego, mas que hoje só me causam medo e calafrios. Por um momento eu realmente acreditei que ele estava mesmo triste pelo fim do nosso namoro. Mas essa sensação logo passou, quando lembrei de tudo que eu já havia sofrido por causa dele.

— Sinto muito!

— Você realmente acha que eu vou aceitar isso, assim, numa boa?

Puxei meu braço do aperto da mão dele e o encarei.

— Aceite que agora as coisas são assim. Me deixe em paz. Acabou.

Peguei minha bolsa no sofá, tirei a chave do seu apartamento do meu chaveiro e coloquei em cima da mesa de centro.

— Você vai se arrepender disso.

Ele murmurou. Eu apenas virei as costas e fui embora, rumo a liberdade, pensando no futuro que teria dali pra frente. Nunca me senti tão feliz, tão eu mesma. Terminar com Ron depois de tanto anos foi a melhor decisão que eu tomei na vida.

Depois que sai do apartamento dele, senti como se finalmente respirasse. Era como se eu tivesse ficado muito tempo debaixo d'água e agora pudesse respirar.

Era libertador e ao mesmo tempo dava medo. Fiquei me perguntando como eu me deixei ficar em uma relação ruim por tanto tempo. Como eu pude aceitar certas coisas dele só por medo de ficar só.  Como eu pude ter sido tão burra. Mas agora eu estava livre e tudo ficaria bem.

***

Draco

Eu nem acreditei quando meus olhos pousaram sobre a carta na minha mão.

"Caro senhor Malfoy, é com grande honra e satisfação que lhe informamos que o senhor foi aceito na nossa universidade. Esperamos o senhor no dia 29 de agosto para conhecer seu alojamento e os demais colegas."

Atenciosamente Hunter Michaelis

Diretor da Universidade de Cambridge

Corri para onde meus pais estavam na sala de estar conversando.

— Maaãe! Paaaaii! Eu consegui! Eu entrei em na faculdade.

Lhes contei, mostrando a carta na mão e com um sorriso enorme no rosto.

— Ah, meu querido! Eu não esperava menos de você!

Mamãe disse me dando um abraço caloroso.

— Muito bem filho, claro que eu não me surpreendo já que á cinco gerações da nossa família que se formaram em Cambridge. Você como bom Malfoy que é, não seria diferente.

Impossible - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora