Draco
— E como ela está?
Pansy perguntou assim que pisamos os pés no quarto das meninas depois de um merecido descanso.
— Os médicos disseram que ela vai ficar bem. Alguma notícia sobre o louco com a arma?
Sentei na poltrona ao lado da TV.
— Nada ainda.
Theo falou.
— E os pais dela?
Bláz perguntou deitando no sofá.
— A diretora disse que ela não tem mais os pais, a pessoa mais próxima dela é uma amiga que mora em Los Angeles. Ela foi informada sobre o ocorrido e já deve está vindo pra cá. Pelo que parece, ela é irmã do cara.
Pansy respondeu pegando uma grande xícara de café.
— Irmã?
Perguntei arregalando os olhos.
— Sim. Será que ela também é louca?
— Esperamos que não.
Respondi sorrindo.
Olhei pro meu celular e vi que faltava pouco para o horario de visitas.
— Gente, tô indo pro hospital. Alguém vem?
— Eu.
Responderam todos. Chegamos no hospital e nos encaminhamos para a recepção.
— Oi, nós queremos ver Hermione Granger?
— Quarto 203, terceiro andar. Mas só pode entrar duas pessoas por vez.
Nos entreolhamos.
— Eu vou com a Pansy primeiro, depois vocês vão.
Disse Luna.
— Tudo bem.
Respondi, sentando no sofá que havia na sala de espera.
Luna e Pansy entraram no elevador e subiram. Algum tempo depois elas apareceram e foi a vez de Theo e Blás. Logo eles estavam de volta.
— Ela disse que quer ver você.
Blás disse sorrindo.
Subi pelo elevador e logo estava na porta do quarto. Estava entreaberta. Segurei na maçaneta e abri mais um pouco, logo a vi. Ela estava deitada na cama ao lado de uma grande janela de vidro, olhando para fora. Havia vários fios ligados a ela, que saíam de uma maquina que media seus batimentos e saturação.
— Oi.
Falei timidamente e ela me olhou.
— Oi -- Ela sorriu. — Como você está?
— Acho que eu quem deveria perguntar isso.
Falei andando até ao lado da cama. Ela sorriu sem graça.
— Claro que sim.
— Como você está?
— Estou bem. Olha Draco, eu queria tanto te pedir desculpas pelo que aconteceu -- Uma lágrima desceu pela sua bochecha. — eu queria ter contado sobre o Ronald pra vocês antes, é tudo culpa minha. Se eu tivesse contado, ou me mantido longe o suficiente...
Me aproximei mais dela e sentei na cama, limpei a lágrima com os dedos e fiz ela olhar pra mim.
— Ei, nada disso foi culpa sua. Ele que é um louco, vai ficar tudo bem agora.
A abracei involuntariamente e ela aceitou o abraço. Nessa hora a porta foi aberta e uma moça ruiva entrou no quarto.
— Ah, Mione!
Ela disse já se aproximando da cama. Me afastei e sentei na poltrona ao lado da janela.
— Gina!
Hermione exclamou com mais lágrimas descendo pelo seu rosto. A moça ruiva abraçou Hermione fortemente, que gemeu, fazendo uma careta de dor.
— Meu Deus eu fiquei tão preocupada. Acho bom a polícia achar o Ronald antes de mim, por que juro por Deus que sou capaz de cometer uma loucura.
Ela disse ainda abraçada a Hermione.
— Tudo bem?
Perguntei preocupado.
— Só dói quando eu rio, ou falo, ou como, ou me mexo.
— Então não faça nada disso. Eu cuidarei de você agora.
Gina disse a soltando e sentando ao lado dela.
— Gina, esse é o Draco -- Hermione disse apontando pra mim — Draco, essa é a Gina.
Gina estendeu a mão e eu levantei para apertar.
— Muito prazer. Agora sei pq você se mudou pra cá.
Gina me olhou da cabeça aos pés e sorriu.
— Gina...
Hermione murmurou. Eu sorri com aquilo.
— Céus, quando ele ri fica ainda mais bonito.
Hermione estava vermelha com as insinuações da amiga.
— Por que eu não morri meu Deus?
Olhei sério pra ela.
— Nem pense em repetir isso de novo.
Gina olhou pra mim e depois pra ela.
— Vocês estão, tipo, transando?
Como se não fosse possível, Hermione ficou ainda mais vermelha e deu um tapa no ombro da amiga.
— O que? Não. O que te faz pensar isso?
— O fato dele ser um gato e alguém totalmente transável?
Eu ri alto com isso. Hermione se afundou na cama com as duas mãos no rosto.
— Certo. Vou deixar vocês duas a sós.
Disse sorrindo e já indo em direção a porta. Antes sair, virei pra trás e olhei para Gina.
— Foi um prazer, Gina. E Hermione, eu volto depois pra te ver.
— O prazer foi todo meu.
Gina respondeu.
— Tudo bem, obrigada pela visita.
Hermione disse ainda com as mãos no rosto. Sai do quarto e antes que eu pudesse fechar a porta direito, ouvi quando a amiga de Hermione disse.
— Hermione Jean Granger, você tem muito pra me contar.
Dei um risada baixa e me encaminhei para onde os outros estavam. Quando cheguei lá o detetive Derek estava também.
— Alguma novidade?
Perguntei a ele.
— Senhor Malfoy, preciso que me acompanhe até a delegacia para fazer um reconhecimento de suspeito. Pegamos dois caras que se enquadram nas características que vocês nos deram.
Minha boca secou e meu coração começou a bater descontroladamente.
— Claro, vamos.
Engoli em seco e me encaminhei para a carro onde o detetive Reed estava.
Eu entrei atrás e Derek no banco do passageiro.
Nos dirigimos até a delegacia e quando chegamos lá, fomos até o lugar de reconhecimento. Era uma sala pequena, com uma das paredes coberta com um vidro transparente.
— Tudo bem, senhor Malfoy. Eles não conseguem nos ver.
Acenei com a cabeça e olhei para frente.
Dois homens ruivos estavam em pé na minha frente, por trás da parede de vidro. Ambos era altos, fortes e estavam de jaqueta vermelha.
Olhei atentamente para os dois e foi aí que eu vi a tatuagem no pulso do que estava a minha esquerda e mirei seus olhos.
— É ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Impossible - Dramione
FanfictionDepois de anos de um relacionamento que não lhe fez nada bem, Hermione finalmente se vê livre, rumo a faculdade sonhos, ela só pensa em aproveitar ao máximo a nova vida de solteira universitária, sem se apegar a ninguém. Do outro lado do país, está...