Correndo Riscos

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Hermione

— Sou eu. Abre aí.

Respirei aliviada por constatar quem estava na porta.

— Nunca pensei que ia dizer isso, mas fico feliz que seja você.

Dei um sorriso e ele entrou no quarto.

— Bom dia, Granger -- Ele disse abrindo um sorriso. — Eu vim te chamar pra gente tomar um café da manhã juntos. Como amigos é claro.

— Bom dia, Malfoy. É que eu já estava preparando algo.

Apontei para a cafeteira que eu havia acabado de ligar.

— Tudo bem, a gente pode comer por aqui mesmo.

Revirei os olhos com a audácia dele.

— Ótimo, você faz os ovos.

Ele sorriu.

— Sorte a sua que eu sei fazer a melhor omelete do mundo.

Fomos para a pequena cozinha e começamos a fazer o café da manhã.

Depois de tudo pronto, sentamos no sofá com nossas xícaras de café. Começamos a conversar sobre assuntos aleatórios. A conversa com ele era leve e me deixava a vontade em vários sentidos.

-- Acredita em anjos?

Ele me perguntou depois de tempo.

— Sim. Não aqueles que a gente vê na TV com asas e cabelos loiros cacheados, que ficam o dia todo voando e tocando harpa. Mas anjos aqui na terra, pessoas tão incríveis que nos fazem acreditar em coisas boas. Que te ajudem em todos os momentos, que te sempre te apoiem não importa a situação.

Sorri ao lembrar de Gina. Apesar de doida, ela era minha melhor amiga, eu sentia tanta falta dela. Fiz uma nota mental de ligar para ela antes de dormir.

— Você tem um anjo na sua vida?

Ele disse me olhando.

— Ah tenho. Gina. Minha melhor amiga desde sempre. Ela e sua família me deram todo o apoio necessário quando meus pais morreram. Nunca vou saber como agradecer adequadamente.

Eu não sei como, mas quando me dei conta, estávamos perto demais. Minhas pernas estavam sobre as deles, uma mão sobre o encosto do sofá e a outra acariciava meu tornozelo mandando ondas de eletricidade por todo o meu corpo. Céus, como aquilo havia acontecido?

— Eu também tenho alguém assim.

Ele disse tirando uma mecha de cabelo do meu rosto e colocando atrás da minha orelha. Meu corpo se arrepiou com o toque dele. Eu realmente achei que iria querer fugir dali, fugir do toque dele, mas para minha surpresa, eu não queria nada disso. Minha mente dizia para me afastar, mas meu corpo gritava outra coisa.

Ele me olhou nos olhos e depois para minha boca. Seu corpo foi lentamente se aproximando, sua boca estava a centímetros da minha e sua mão ainda estava no meu rosto, só mais alguns centímetros...

— Vocês acham mesmo que eu não irei a essa festa?

Me afastei de um salto quando Pansy, Theo, Blás e Luna entraram no quarto. Sentei o mais longe possível dele e tentei controlar minha respiração que estava rápida demais.

— Atrapalhamos alguma coisa?

Pansy perguntou.

— Não -- Draco disse sorrindo — Só estávamos conversando.

Blás e Theo se entreolharam.

— De que festa estavam falando?

Draco perguntou. Eu estava muda. Depois do nosso quase beijo, eu não conseguia dizer uma palavra sem parecer uma completa idiota.

Impossible - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora