Impossible - Dramione

Novos começos

Hermione

Alguns dias depois ...

Gina, Harry e eu estávamos no aeroporto esperando meu avião chegar. Faltava menos de uma hora para eu embarcar e Gina já chorava igual um bebê no meu colo, eu lutava para segurar as lágrimas, mas sabia que se continuasse daquele jeito, eu não aguentaria muito.

— Ah, Gina. Pare com isso. Parece até que eu tô indo pra forca. Seja forte. Essa não é a Gina Weasley que eu conheço.

Falei passando a mão nos cabelos dela.

— Você promete mesmo que vai ligar todos os dias e não vai esquecer de mim?

Ela falou e eu sorri.

— Claro, com quem você acha que eu vou fofocar?

Respondi e nós duas rimos.

Não havia contado pra ela do episódio que houve depois que ela e Harry saíram do meu apartamento. Quando perguntou dos meus curativos, apenas respondi que havia caído com o espelho na mão enquanto arrumava as coisas da mudança. Ela me olhou como se não acreditasse em nada que eu havia falado. Mas agradeci mentalmente por ela não perguntar mais nada.

"Passageiros do voo 443 com destino a Londres, embarque agora mesmo, o avião já está pronto para decolagem."

Gina me abraçou mais forte.

— Gina, me solte, eu preciso ir amiga. Vou perder o voo.

— Tudo bem. Desculpa.

Falou me soltando e se abraçando a Harry.

— Vai lá e seja a melhor chefe de cozinha que esse país já viu.

Disse Harry apertando minha mão.

— Obrigada, eu amo vocês vou morrer de saudades.

Me abracei aos dois já não podendo esconder as lágrimas.

Peguei minha mochila e me encaminhei para o avião. Estava tão feliz que mal conseguia esconder o sorriso no rosto. O voo duraria 14 horas. Daqui a 14 horas eu estaria aterrissando na minha nova vida. No meu novo eu. E eu não poderia estar mais feliz.

***

Cheguei em Londres por volta das nove da noite. Estava exausta e só pensava em tomar um banho e dormir. Peguei um táxi e fui para o hotel que eu tinha feito reserva, já que o quarto que eu havia alugado na faculdade só ficaria disponível dali a dois dias por conta de um problema de encanação.

Cheguei no hotel, fui direto para o quarto. Era pequeno, só havia uma cama de solteiro, um mine frigobar e um pequeno armário. Ao lado do frigobar havia uma porta que dava no banheiro. Joguei minhas malas no chão, já abrindo e procurando meu pijama mais confortável.

Tomei um longo banho e me deitei tão exausta que dormi igual uma pedra.

Acordei no outro dia às 8. Queria aproveitar o máximo do meu tempo livre para conhecer a cidade. Tinha tudo anotado dos lugares onde eu iria, com horários e pontos turísticos.

Primeiro iria na Universidade, queria conhecê-la o mais rápido possível. Depois a biblioteca pública e em seguida ao museu.

Me arrumei e sai, ainda na recepção do hotel, tive a incômoda sensação de estar sendo observada. Mas deixei isso pra lá e chamei um táxi pelo aplicativo, anotando mentalmente que teria que comprar um carro o mais rápido possível. Eu tinha dinheiro guardado, dos bicos de garçonete que fazia antes de Ronald decidir que o meu trabalho me deixava muito exposta a outros homens, e para não arrumar confusão, decidi parar. E também tinha herdado um dinheiro dos meus pais depois que eles morreram. Não era muito, mas daria para me virar por um tempo.