Draco
— Não mamãe, eu não preciso de nada. É sério.
Disse quando minha mãe perguntou pela milésima vez se eu precisava de alguma coisa.
— Sim, as aulas começam amanhã... Tenho, tenho tudo.
Nessa hora Blás entrou no quarto com um violão na mão e uma partitura na outra.
— Mãe, eu ligo pra você depois. Dê um beijo no papai por mim. Também amo você. Tchau.
Joguei o telefone na cama e virei para Blás.
— Você toca violão?
Apontei para o instrumento que ele colocou no sofá.
— Violão, piano e saxofone. Por que você acha que eu estudo música? Pra atrair mulheres? --Ele sorriu e eu levantei uma sobrancelha — Tá bom, pra isso também. Mas, papai sempre disse que eu tinha um dom. E sempre foi meu sonho ser músico. Ele adora me ouvir tocar.
— Queria poder estudar o que eu quero também.
Eu falei em um suspiro e ele me olhou desconfiado.
— Eu pensei que medicina fosse seu sonho.
Me joguei sobre a cama, olhando pela janela.
— Não, esse sempre foi o sonho do meu pai.
— E o que você gostaria de fazer?
— Artes plásticas. Eu adoro desenhar e pintar. Mas papai disse que ser artista é uma profissão de gente que não tem o que fazer. E uma família tão conhecida como os Malfoys, não podem se dar ao luxo de ser menos que um cirurgião cardiotorácico, membro de uma sociedade de grandes médicos e sócio do maior hospital de Nova York.
-- Que chato deve ser você.
Blas disse rindo. Nesse momento, eu pude ver pela janela que Hermione havia sentado no mesmo banco que a tinha visto no dia anterior. Ela usava um vestido de alcinhas, era estampado e contrastava bem com sua pele morena. Seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo e alguns fios estavam sobre seu rosto. Ela tinha um caderno sobre as pernas e olhava concentrada pra ele. Estava rabiscando alguma coisa. Levantei da cama em um rompante.
-- Vou dar uma volta.
Falei já saindo porta a fora. Me aproximei de Hermione devagar.
— Granger.
Ela levantou os olhos e me viu, me ignorando logo depois. Sentei seu lado no banco tentando ver o que ela estava fazendo. Hermione puxou o caderno mais pra si. Eu comecei a balançar a perna e cantarolar. Suspirei, comecei a tamborilar meus dedos sobre o encosto do banco. Ela respirou fundo e fechou os olhos. Depois os abriu e olhou pra mim. com um sorriso forçado.
— Você não tem nada melhor pra fazer não, Malfoy?
— Pra falar a verdade, não tenho não. Você me sugere alguma coisa?
Ela revirou os olhos e voltou a abrir o caderno. Olhei para seu perfil, depois desci o olhar pela linha de seu pescoço, depois por seus ombros e percebi que ela tinha pequenas cicatrizes naquela região.
— Você era muito sapeca quando criança?
Ela me olhou com um vinco entre as sobrancelhas.
— As cicatrizes.
Expliquei.
Ela olhou pros seus braços e baixou a vista.
— Não é da sua conta.
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Impossible - Dramione
FanfictionDepois de anos de um relacionamento que não lhe fez nada bem, Hermione finalmente se vê livre, rumo a faculdade sonhos, ela só pensa em aproveitar ao máximo a nova vida de solteira universitária, sem se apegar a ninguém. Do outro lado do país, está...