Encontros indesejados

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Hermione
— Onde fica o banheiro?

Perguntei a Luna enquanto pegava meus itens de higiene, junto com a toalha e roupas que eu usaria naquela noite e coloquei na mochila.

— Fica no final do corredor. E não se assuste. É um banheiro comunitário. Todo mundo entra lá, é uma loucura. Mas é só você fechar bem o box e não corre o risco de ninguém te ver.

Sai do quarto e logo cheguei ao banheiro, abri a porta e entrei. Havia no mínimo uns 20 boxes pequenos divididos por paredes finas e as portas eram estilo sanfona. Havia um longo balcão com pias de mármore na parede oposta e, em cima da pias, um grande espelho retangular que ia até o final da banheiro.

Entrei no primeiro box que vi aberto e fechei a porta, dentro o ambiente era composto por um vaso sanitário e um chuveiro mais ao lado. Coloquei minhas coisas em cima do vaso sanitário e comecei a me despir. Tirei a blusa e a calça que estava usando, quando estava prestes a tirar o sutiã alguém abriu a porta me fazendo dar um pulo de susto.

— Que porra, você não viu que a porta estava fechada?

Gritei me virando e tentando me cobrir com as mãos.

Fiquei completamente constrangida quando vi o invasor.

Um rapaz de cabelos loiros caídos na testa e olhos cinzas me observava com a expressão de susto. Talvez se não fosse pela situação, eu teria o achado bonito. Mas ali, apenas de lingerie com ele me encarando, eu só conseguia pensar no quanto eu estava com vergonha.

— Desculpe, eu... eu pensei... pensei que estava vazio. Desculpe mesmo. Meu nome é Draco, eu...

Ele gaguejou tentando se explicar.

— Saaaaaaaii daqui!

Gritei pra ele com raiva, ele saiu imediatamente e fechou a porta. Finalmente eu soltei o ar que nem sabia que estava segurando, fui até a porta e verifiquei se estava mesmo trancada. Tomei banho, me sequei e me vesti. Quando sai do box, o garoto loiro estava em pé encostado no balcão de pias. Ao notar que eu havia saído, ele olhou pra mim.

— Olha, eu sinto muito mesmo.

Ele falou se levantando e estendendo os braços em sinal de arrependimento.

— Sente por que? Por ter entrado no box sem ao menos bater? Não te deram educação não, hein? Eu poderia estar nua sabia?

Gritei com mais raiva do que eu realmente estava.

— Olha aqui sua louca, aqui é um banheiro comunitário, eu só queria pedir desculpas por ter entrado sem querer, e você devia verificar se a porta estava mesmo fechada. E sim me deram educação sim, e me ensinaram também que não é todo mundo que merece.

— Ah vai pro inferno, seu maluco invasor de banheiros.

Falei já saindo  com os passos pesados de raiva.

Entrei no quarto resmungando e batendo a porta atrás de mim.

— O que foi menina? Pra que esse mau humor todo? Se anime, hoje tem festa.

Falou Pansy passando maquiagem.

— Um garoto estúpido abriu a porta do box bem na hora que eu estava tirando a roupa -- Nesse momento um rapaz moreno de olhos negros entrou no quarto — As pessoas daqui não sabem bater?

Perguntei com raiva, Pansy e Luna riram.

— Blás!

Pansy gritou e correu para abraçar o amigo, percebi que Luna ficou um pouco envergonhada pela presença do rapaz.

Impossible - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora