Impossible - Dramione

Controle e Impulso

Draco

Ficar sozinho com Hermione era quase uma prova de resistência, depois dos seus esforços fracassados para me manter longe, percebi que de uma forma estranha, ela gostava da minha companhia, mas ao mesmo tempo em que ela podia ser uma pessoa agradável e de fácil conversa, ela também podia ser bem resistente. O fato era, eu realmente estava preocupado com ela e estava ali, disposto a passar a noite ao seu lado no hospital.

— Me diga você, senhor Malfoy.

Ela disse cruzando os braços sobre o peito e arqueando uma sobrancelha.

— Ah, Granger, eu tenho tantos planos.

Sorri maliciosamente.

— Você não tem jeito não é?

Falou bufando. Continuei sorrindo e me levantei, pegando uma mochila que estava no chão. Tirei de dentro alguns jogos de tabuleiro e um de cartas. Ela pegou a caixinha vermelha do jogo de cartas e sorriu ao constatar que se tratava de Uno.

— Você vai perder feio.

Falou já retirando as cartas da caixas e as embaralhando.

— Veremos.

***

— Uno.

Hermione falou batendo sua única carta em cima da cama novamente.

Ela deu uma gargalhada ao ver a minha expressão, já era a décima rodada que ela ganhava e eu já estava com vergonha da minha falta de habilidade naquele jogo bobo.

— Esse jogo é muito idiota.

— Só o jogo?

Estreitei os olhos pra ela e ela sorriu novamente.

— Só estou te deixando ganhar por que sou um cavalheiro.

— Ah, que gracinha.

Falou apertando minha bochecha e aquela mínima proximidade me causou um embrulho no estômago.

— Outra rodada?

Fiz uma careta e olhei a hora no celular. Já era quase 1 da manhã.

— Nem pensar. Já está tarde mocinha, você tem que descansar -- Recolhi as cartas de cima da cama e coloquei sobre a mesinha perto da porta — Você quer alguma coisa antes de dormir?

Ela me olhou e mordeu o lábio.

— Eu, bem, queria tomar um banho. Você disse que Pansy mandou roupas limpas e eu necessito urgente trocar essa coisa ridícula por algo mais decente.

Falou apontando para a camisola que ela usava.

— Até que você fica bonitinha com ela.

Eu disse sorrindo e ela revirou os olhos.

Peguei a mochila com as roupas e levei até o banheiro, depois fui até ela e lhe dei a mão, lhe ajudando a levantar. Quando colocou os pés no chão, ela fechou os olhos com força e se segurou na minha camisa. Enrolei os braços na sua cintura e lhe puxei para perto. Ela respirou fundo e voltou a abrir os olhos, estava tão perto que eu podia sentir seu cheiro. Ela me olhou nos olhos e eu sorri.

— Sempre te segurando para não cair, já virou hábito hein?!

— Você não vale nada.

Ela sorriu se soltando e começando a caminhar em direção ao banheiro. Sentei na poltrona e peguei o celular checando as mensagens, havia uma de mamãe e outra de Astória dizendo que sentia minha falta e pedindo para ligar pra ela. Respondi dizendo que no momento eu não podia, mas logo logo eu ligaria.