Draco
Era como se eu estivesse vendo tudo em câmera lenta, a cada batida do meu coração a cena ia fluindo.
Hermione na minha frente.
O cara maluco com a arma apontada na nossa direção.
Ele atira.
A bala acerta ela.
Ela cai.
Sangue.
Sangue.
Muito sangue.
— HERMIONE, HERMIONE!!! ALGUÉM CHAMA A AMBULÂNCIA!
Foi a primeira coisa que eu ouvi depois do transe momentâneo em que eu estava.
— Draco? Draco? Você está bem?
Ouvi Blás falando ao meu lado, mas eu não conseguia responder.
Hermione estava nos meus braços, sangrando e desacordada.
— Nós vimos tudo, quem era aquele cara? Ele conseguiu fugir. Foi tudo muito rápido.
Theo falou olhando pra mim.
Em questão de minutos, todos que estavam dentro de casa saíram.
Pansy e Luna choravam assustadas, enquanto Blás as abraçava, vi pessoas com celulares na orelha, provavelmente ligando para ambulância e para polícia.
Em poucos minutos a ambulância chegou, pegaram Hermione e colocaram na maca rapidamente. Já a entubando e colocando os respiradores nela.
— Quem vai com ela?
A paramédica perguntou.
— Eu vou. Blás, Theo fiquem aqui para quando a polícia chegar.
Respondi prontamente e eles concordaram com acenos de cabeça. Entramos na ambulância com o outro paramédico verificando se eu estava bem.
Logo nos encaminhamos para o hospital mais próximo. Ao chegar no hospital, ela foi diretamente para a sala de cirurgia.
Os médicos disseram que seria uma cirurgia de 5 a 6 horas, a minha única opção seria esperar.
***
Eu andava de um lado para outro, não conseguia me acalmar. Sentei no sofá que havia ali, mil coisas passavam na minha cabeça, quem era aquele cara? Por que ele estava com uma arma? Será que Hermione ficaria bem?
Estava perdido em pensamentos quando chegaram Pansy, Blás, Theo e Luna.
— Como ela está?
Pansy perguntou.
— Ainda não sei. Ninguém veio falar comigo ainda, só sei que ela está em cirurgia.
Respondi olhando pro nada.
— E como você está?
Théo perguntou.
Olhei para ele e dei um sorriso fraco.
— Vou ficar bem.
Então dois homens entraram no hospital e vieram até onde estávamos.
— Quem estava com a moça na hora que ela foi baleada?
— Eu.
Respondi me levantando.
— Precisamos recolher seu depoimento, eu sou o detetive Spencer Reed e esse é o meu parceiro Derek Morgan.
Falou apontando com a cabeça para o homem ao lado dele.
— Draco Malfoy.
Falei apertando as mãos dos dois, um era magro tinha cabelos castanhos que caiam na testa e outro era moreno, forte e careca, usavam roupas casuais, com um colete a prova de balas e um coldre nos ombros.
— O que querem saber?
— Tudo que você puder lembrar, desde a hora que você viu o suspeito até agora. Queremos todos os detalhes. Precisamos também de todas as características dele. Altura, cor de cabelo, cor dos olhos, tatuagens. Essas coisas. Vocês sabem se ele tinha ligação com a vítima?
Falou Derek olhando para todos nós.
— Não sabemos.
Responderam todos juntos.
— Eu acho que o nome dele é Ronald. Ouvi ela o chamando momentos antes dele atirar...
Comecei a falar.
— Ronald? Ela falava esse nome sempre que tinha pesadelos.
Interrompeu Pansy.
— Ele falou alguma coisa sobre traição também. Disse que ela o havia traído.
Continuei.
— Então o suspeito deve ser algum ex. Ronald certo? Vamos averiguar.
Falou Spencer.
— Ele era alto, forte, cabelos ruivos. Usava uma calça preta, camisa branca e uma jaqueta vermelha.
Falou Blás.
— Mais alguma coisa? A que horas vocês notaram a presença dele?
Derek perguntou.
— Não sei exatamente, era por volta da meia noite. Chegamos na casa umas onze horas e pouco tempo depois eu vi quando ele a arrastava para fora. Foi aí que eu corri para ver o que estava acontecendo. Depois tudo foi rápido. Ele gritou com ela, ela tentou se explicar e ele atirou.
Falei sentando de novo no sofá.
— Certo. Vamos fazer de tudo para pegá-lo. Qualquer coisa que vocês lembrarem, liguem pra gente.
Disse Derek me entregando um pequeno cartão com seu nome e um número de telefone.
***
Eram quase 5 da manhã e eu não consegui pregar o olho.
Théo havia levado as meninas de volta para o campus, elas ficaram encarregadas de procurar a reitoria da faculdade para avisar a algum familiar da Hermione o que havia acontecido.
Blás estava deitado no sofá ao meu lado e cochilava. Faltava pouco para cirurgia acabar e eu estava ficando ansioso para ter notícias. Eu não sabia explicar, mas ali, naquela sala de espera daquele hospital, eu rogava a todos os santos, deuses, celebridades e afins que Hermione ficasse bem. Eu a conhecia a tão pouco tempo, e havia tido tão pouco contato, mas aquela preocupação esmagava meu peito de uma forma assustadora.
Deitei na cadeira e encostei o pescoço no apoio, fechando brevemente os olhos, estava exausto.
— Senhor Malfoy?
Abri os olhos rapidamente e me situei de aonde eu estava. Olhei para o lado e havia um médico e uma enfermeira.
— Sou eu. Como ela está?
Falei, já me levantando.
— Ela vai ficar bem. Por sorte, não atingiu nenhum órgão importante. Retiramos o projétil e encaminhamos para a polícia fazer o laudo.
— Eu posso vê-la?
Perguntei ansioso.
— Por enquanto não, ela ainda está sedada e provavelmente só acordará a tarde. Vá pra casa, tome um banho, durma um pouco. Volte no horário de visitas.
— Tudo bem, muito obrigada.
— Você é o herdeiro do Hospital Memorial Tom Riddle não é?
O médico perguntou.
— Sim, sou eu.
— Parabéns, vocês são um dos melhores hospitais do país.
— Obrigada.
Eu sorri acenando e virei para chamar Blás para irmos embora.
Chegamos no Campus e fui direto para meu quarto, nem me dei conta do quão estava cansado. Me deitei e logo cai em um sono profundo, mas não sem antes colocar o relógio pra despertar pra dali à cinco horas, queria ser o primeiro a ver Hermione quando o horário de visitas chegasse.
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Impossible - Dramione
FanfictionDepois de anos de um relacionamento que não lhe fez nada bem, Hermione finalmente se vê livre, rumo a faculdade sonhos, ela só pensa em aproveitar ao máximo a nova vida de solteira universitária, sem se apegar a ninguém. Do outro lado do país, está...