CAPÍTULO V

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BOA LEITURA ♥️

SAN DIEGO/CALIFÓRNIA (EUA) 

   Carlos não vai para o trabalho hoje, ele disse para minha mamãe que não estava se sentindo bem. Ele falou que vai mandar uma mensagem para a empresa, explicando sua falta. Minha mãe quer ficar para cuidar dele, mas, ele disse que não precisa.

   Quando minha mamãe saiu, Carlos ligou para a tia Márcia, e disse que ela não precisava vir ficar comigo depois da aula. Ele me olhou e falou que a gente vai se divertir muito quando eu chegar.

  Carlos foi me buscar na escolinha hoje, acho que ele não está mais dodói. Ainda bem, porque a gente vai brincar. Desci do carro, e fui até a porta, eu estava  cantando uma musiquinha nova que aprendi com a Meg. Mariana conta cinco, Mariana conta cinco....

  O titio Carlos, falou que minha mamãe disse para ele me dar banho, já que a tia Márcia não vem hoje. Eu não queria que ele me banhasse, mas minha mamãe mandou.

   O tio Carlos estava estranho, na hora do banho, ele entrou na banheira comigo, só de cueca. Ele ficava esfregando meus peitinhos, passando a mão na minha menininha. Tem algo duro me cutucando nas costas, eu não sei o que é.

  O titio Carlos saiu da banheira comigo, e me levou para a cama, me enxugou, disse que queria me ensinar uma coisa. Eu gosto de aprender coisas novas.

   Ele me deitou na cama, e ficou passando a mão lá embaixo, na minha menininha. Era estranho, ele disse que era para mim relaxar, e curtir a brincadeira. Que brincadeira estranha.

   Com o tempo eu gostei, não sei como ele conseguia fazer aquilo. Ele me disse que aquilo se chamava prazer. Prazer. Eu não conhecia essa palavra.

   O tio Carlos disse que aquela era uma brincadeira só nossa, e que era segredo. Que eu não podia contar para a mamãe,  porque se não, ele não ia mais brincar comigo, e ia embora de casa.

  Eu não queria que ele fosse embora. Papai me deixou, não queria perder o tio Carlos também. Ele me deu um beijo bem pertinho da minha boca, e foi para o quarto da mamãe.

03:43 AM
SAN DIEGO/ CALIFÓRNIA (EUA)

  Acordo em um sobressalto. Mais um pesadelo. Meu corpo todo soava, e eu cheirava a vômito. Minha cabeça pessava toneladas, meu corpo estava dolorido, e minha garganta seca.

   Estava muito frio, olho para a janela, esqueci de fecha-la. O brilho prateado da lua, iluminava meu quarto, tão linda! As estrelas pareciam dançar. Irradiando uma beleza extraordinária.

   Mas, nem mesmo o céu com toda aquela extensão azul, com pontinhos brilhantes me fizeram esquecer o pesadelo. 

   Aquele foi a primeira vez que Carlos me tocou. Alguns dias depois, eu tentei refazer o que ele tinha feito, me dado prazer! Minha mãe entrou no quarto, e me viu.

   Lágrimas borbulham em meus olhos, eu me sentia tão suja. Meu coração pesava tanto.

   Ela brigou comigo. E falou que aquilo era muito feio, me colocou de castigo. Aubrey tentou me fazer falar com quem eu tinha aprendido aquilo, eu me calei.

   Não podia falar, eu não queria que Carlos fosse embora. Ele era a única figura próxima de um pai que eu tinha.

  Depois daquele dia, os assédios começaram a acontecer com mais frequência. Eu não gostava mais, até porque agora eu sabia que era errado!

O silêncio de Elisabeth (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora