CAPÍTULO VII

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BOA LEITURA ❤️

  Nossos olhares se encontram, e eu me vejo encarando o casal que acaba de entrar, eu não sabia que a Meg estava em algum tipo de relacionamento. Não que eu tivesse como saber.

  Os observo indo até uma mesa próxima a nossa, quando nos esbarramos eu não tinha notado que ele era tão alto e forte.

  Mas que droga de pensamentos são esses? O cara é namorado da minha ex melhor amiga.

Me remexo na cadeira, que tão de repente, ficou extremamente desconfortável. Olho para a frente, Will me encara, querendo me sondar com aqueles belos olhos.

  -- O que foi?

Pergunto me sentindo exposta, cruzo meus braços sob o peito, tentando me proteger, de algo que não sei o que é. Will é muito perspicaz, observa até as coisas que eu queria que ele não visse.

-- Quem é aquele com sua amiga? E por que você estava encarando tanto ele?

Suas perguntas me deixam tonta, espera, eu estava encarando ele? Meu Deus!

-- Não sei quem ele é, e eu não estava olhando para ele.

Minha voz não treme, acho que estou me tornando uma ótima mentirosa. Tomo meu café, que agora estava frio. Tento não olhar muito para Will, nem para a mesa do lado. Não quero que ninguém veja o ser desprezível que estou me tornando.

--Hum, sei.

Por o tom sua voz sei que ele não está nada convencido do que eu disse. Mas, como um bom amigo, que me conhece mais do que deveria, ele vai me deixar em paz. Sabe que não vou falar.

Ouço a risada melodiosa de Meggie na mesa, ela parece estar se divertindo. Meu peito se aperta um pouco, por não poder mais compartilhar desses momentos felizes. Mas, fico feliz por ela ter alguém ao lado dela.

-- Por que vocês não se falam mais?

Sua pergunta sai baixinha, não sei se com medo de Meg ouvir, ou da minha reação. Minha garganta fecha, e meu pé começa a bater inquieto no chão. O que eu falo?

Passo minhas mãos pela toalha da mesa, que tem uma machinha amarelada, pequenina. Acho que é café, mas pode ser outra bebida também.

-- Liz?

Olho para Will, que me olhava com uma das sombrancelhas arqueadas. Só agora noto que estava concentrada demais na toalha da mesa e não respondi sua pergunta.

--Ah faz tanto tempo que não me lembro mais. Acho que por bobagem, sabe como é, crianças.

O respondo com o máximo de desdém que posso. As mentiras saem tão facilmente da minha boca que chegam a me assustar. O que eu estou fazendo? Mentindo para os meus amigos, para a minha mãe, para eu mesma.

Por que? E, vale a pena contar todas essas mentiras? Mentiras que falo para proteger um estuprador de merda.

Droga! Que pensamentos são esses? Como eu posso pensar isso? Eu sou tão egoísta! Minto para proteger todos eles, mas não porquê gosto do que Carlos faz, mas sim, porque tenho medo que do que ele pode fazer com meus amigos, família.

-- E então o que você acha?

Não escutei nada só que Will falou, e agora ele quer uma resposta. O que faço?
Não posso negar nada a essa carinha de cachorro pidão que ele está fazendo.

-- Ãnh... Claro, por que não?

Um sorriso que ameaça rasgar as bochechas do meu amigo surge no seu rosto. Merda! Com o que eu concordei?

O silêncio de Elisabeth (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora