CAPÍTULO XIV

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BOA LEITURA❤

Acordo com um sobressalto, mais pesadelos, não me dão o prazer de desfrutar de uma boa noite de sono, não que eu saiba o que é isso, já que faz muito tempo que não tenho um sono descendente.

Uma corrente fria de ar entra por a janela, só então noto que não que fechei, nem me lembro quando dormir.
Ainda é noite, provavelmente que entre duas ou três da madrugada.

Lavanto-me da cama, minha garganta está seca. Com passos leves ando até a porta, e abro delicadamente, tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Fecho a porta atrás de mim, enquanto olho para o corredor, em direção ao quarto da minha mãe, a porta está fechada. Agradeço internamente. Desço as escadas, pé ante pé.

Ao passar por a sala, minha mente insiste em recordar fleches daquela fatídica noite. Meus olhos caem no sofá. E é como se eu ainda estivesse lá. De volta naquele momento.

"Por favor, Carlos! Não faça isso."

Empurro as lembranças dolorosas para o fundo da memória. E passo rápido para a cozinha. Arrepios ainda dominam meu corpo quando abro a geladeira e pego uma garrafa de água.

Olho ao redor, garrafas de cerveja por toda a cozinha, em cima do balcão uma tábua de frios pela metade, dentro do lixo uma caixa de pizza. Tudo está uma bagunça.

O relógio de parede marca 2:57 da madrugada. Merda. Cedo demais, e eu já perdi todo o meu sono. Termino minha água, e passo para a lavanderia, pego um saco de lixo, e começo a limpar a casa.

Amanhã é dia da moça da limpeza vim faxinar. Ainda assim, organizo o mais silenciosamente que posso. Duas cervejas estão quase cheias ainda, tento não pensar muito em por que deles não terem terminado as bebidas.

Quando termino, ainda me resta muito tempo, volto para meu quarto evitando olhar para qualquer outra coisa que não seja a escada.

Entro no que era meu antigo refúgio. Sempre que meus pais brigavam, ou que eu estava com raiva, corria para meu quarto e ficava aqui até as coisas se acalmarem, ou meu pai vim ficar comigo.

"Papai foi me buscar na escola hoje, mas não quaro conversar. Ele até tentou no caminho, mas, viu que eu não estava bem. Briguei com minha ex-melhor amiga hoje. Ela derrubou meu sorvete, e nem pediu desculpas. Não falar com ela nunca mais. Subi correndo as escadas, e larguei minha mochila no chão do quarto. Me escondi debaixo da coberta, não quero sair daqui.

Ouço a porta se abrir.

--Onde será que está minha estrelinha?

Ele abre a porta do banheiro, do guarda-roupa.

-- Você viu ela sr. Mário? Não está embaixo da cama, nem em lugar nenhum.

Ouço sua respiração perto da coberta.

-- Mas oque é isso aqui debaixo desse cobertor?

A coberta desaparece, e sinto meu pai me fazendo cócegas.

--Hahahahahah pare papai por favor"

Lembro de chorar de tanto rir, naquele dia ele me escutou, e tratou como se eu tivesse o maior problema do mundo. Me levou na sorveteria, e falou que não era legal eu ficar brigada com Maggie.

A saudade aperta meu peito, sinto tanta falta do meu pai. Pego meu celular, fones, calço meus tênis de corrida. Desço as escadas de novo, mas dessa vez vou em direção a saída.

O impacto dos meus tênis no asfalto me acalma, o retumbar intenso do meu coração me distrai dos pensamentos que a maioria das vezes me sufocam.

Pela visão periférica, via a paisagem passar rápido demais para definir algo além da água da praia, o suor descia por meu pescoço, deixando minha pele pegajosa demais. Minhas pernas já não aguentavam mais o ritmo intenso da corrida, minha respiração estava acelerada demais. Hora de parar.

Diminui o ritmo, e comecei a caminhar de volta para casa. Paro no parapeito que divide a praia do acostamento, tiro meus tênis, amarro os cadarços e coloco sobre meus ombros, pulo o mesmo, e vou em direção a água.

Os grãos de areia em baixo dos meus pés me distraem, olho para água e vejo o exato momento em que o sol começa a dar as caras, lindos raios alaranjados criam um contraste com a água do mar. Uma obra de arte.

Poderia passar horas e horas olhando essa paisagem, aqui sou apenas eu, sem problemas, sem traumas, nada disso... Apenas a Elisabeth.

          RECADO IMPORTANTÍSSIMO!
   
    Se você já sofreu, ou sofre algum tipo de violência, seja ela física e/ou sexual, ou sofre tortura psicológica. NÃO SE CALE, DENUNCIE!
   
    Seja ela (violência) dentro de casa ou não. E não importa se foi/é seu pai, seu avô, seu tio, amigo, ou até mesmo sua mãe. DENUNCIE!!!
   
   Você não está sozinho nessa! Precisa de ajuda? Ligue para as autoridades. Ou fale com alguém que você confie!

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Beijos jujubas, e até o próximo capítulo!❤️



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⏰ Última atualização: Feb 27, 2023 ⏰

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O silêncio de Elisabeth (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora