CAPITULO IX

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BOA LEITURA ❤️

  Não consigo dar três passos, antes de sentir alguém segurando o meu braço. Minha respiração fica presa na garganta, meu corpo trava.

  -- Pra onde você vai?

Will pergunta-me, viro meu rosto para trás, vejo Meggie e o acompanhante dela me olhando. Volto meu olhar para meu amigo, ele me encara como se tivesse nascido uma segunda cabeça em meu pescoço.

-- Vou para casa Will, não estou com ânimo para assistir o restante das aulas.

Saio andando em direção ao estacionamento da universidade, ouço Will, e os outros falando que eu não posso, que é loucura.

Mas não me importo, não no momento. Já me recuperei do ataque que tive, não é o primeiro, e aposto que não vai ser o último. Nesse momento não sei como me sinto, minha cabeça está confusa, mas por via das dúvidas é melhor sair de perto de outras pessoas.

Pego a chave do meu carro, desativo o alarme, abro a porta, entro dentro do automóvel, jogo minha bolsa no banco passageiro. Sozinha consigo ver o quão esgotada psicologicamente eu estou.

Sinto a fadiga querendo se apoderar do meu corpo, apoio minha cabeça no volante. Muitos pensamentos para uma cabeça só.

Decidida, saio com o carro e dirijo até em casa. Tudo que eu quero é me jogar na cama, e fingir que esse dia nunca existiu.

11:50 AM
SAN DIEGO/CALIFÓRNIA (EUA)

Entro em casa, jogo a chave no aparador, e a mochila no meio do caminho. Em passos pesados passo pela sala, e vou na cozinha,  abro a geladeira, pego uma garrafinha de água e subo pro quarto.

Deixo a garrafinha em um porta copo do lado do meu abajur, olho meu quarto, ele está todo arrumado, os lençóis de cama trocados. Estico o pescoço vejo toalhas limpas no banheiro. Então me lembro que hoje foi dia da Margot fazer a faxina.

Tiro meus sapatos e os jogo de qualquer jeito pelo quarto, arranco a roupa. Vou em direção ao banheiro, abro as torneiras da banheira, coloco alguns sais minerais, e a deixo enchendo.

Vou até o espelho, meu estado é lastimável. Olhos vermelhos, rosto inchado por conta do choro, olheiras de noites mal dormidas.

Balanço a cabeça, tentando afastar pensamentos que me assombram. Amarro meus cabelos em um coque mal feito. Olho para a banheira, que já está em um nível bom de água. Fecho a porta do banheiro, e ando em direção a fonte de água morna que me espera.

Entro dentro da água, que está quentinha. Apoio a cabeça na borda da banheira, tento esquecer de tudo que se passou.

Me concentro na água, no cheirinho bom dos sais presentes nela. Tento me concentrar no meu corpo, em sentir meus membros, e relaxa-los.

Sinto-me mais tranquila, fecho os olhos e relaxo.


Plim-plom

Levanto a cabeça atordoada, a água já está fria, me fazendo tremer. Levanto da banheira, pego um roupão que estava pendurado em um gancho, calço minhas sandálias e saio do banheiro.

Estou passando por o batente da porta quando escuto a campainha tocar de novo.

--Já vai!

Grito descendo as escadas, estou irritada, eu só queria relaxar, por um mísero momento! Será que é pedir demais?

O silêncio de Elisabeth (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora