Sério isso, Potter?

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Draco pov:

Minha vida nunca teve sentido mesmo durante e antes de Hogwarts, nunca tive o sentimento de ser amado, escolhido e acolhido. Meus pais nunca fora um dos mais amorosos, principalmente Lucius, onde Lord Voldemort era mais importante que a própria família.

Antes de nós mudarmos, mamãe me acolheu, sacrificando tudo para me ver com alguém que realmente valha a pena e não para impressionar o outro, sendo esse, o meu pai.

Scorpius fora uma das melhores coisas que aconteceu em minha vida, e depois que me notificaram que ele sumiu, simplesmente fiquei sem chão, sem saber o que fazer, se eu o perdesse eu definitivamente não saberia no que pensar, fazer ou dar continuidade em minha vida.

Fiz a única coisa que veio em minha mente e fui ao ministério, falar com o Potter sobre os acontecimentos, e cá estamos nós, depois de aparatar na sala da Weasley.

— Potter, seu senso de decoração é simplesmente péssimo. — Provoco, criticando tudo em volta.

— Não enche, Malfoy! Não viemos discutir sobre meus estilos de decorações. — O moreno dizia enquanto revirava os olhos.

— Deveria, por que é horrível . — Continuo, mesmo sendo algo retórico, porque o mesmo me ignorou.

Meu estômago se embrulha de desconforto, com a minhas costas ficando rígidas de raiva.

Nunca consegui suportar a Weasley, se tornando mais impossível ainda quando ela anunciou que iria se casar com o Potter.

Ginerva, descendo as escadas depressa, vai em direção ao Potter com uma criança no colo, e ô lança um olhar surpreso na minha direção, soltando a criança no chão em seguida, ela pergunta:

— O quê aconteceu Hazz?

"Hazz? Sério? Que sem noção!"

— Não sei como lhe contar sem ser de forma direta. — O de olhos esverdeados começou, demonstrando uma mistura de nervosismo e tristeza em sua voz. — Al desapareceu junto com Scorpius e estamos indo em direção a Hogwarts para saber melhor sobre o assunto, vim aqui avisa-la pessoalmente e conferir se estão bem. — Dizendo finalmente, e lembrar disso só fazia o meu peito se acelerar mais, num aperto dolorido e sufocante.

Passei anos querendo ser temido, sendo insuportável, alguém que nunca quis ser e depois que consegui construir um lar, mesmo depois de perdas, o vazio começou a tomar conta do meu peito novamente.

Meu porto seguro, meu filho, se foi e com meu Scorpius por aí, eu não iria desistir, eu não iria me tornar o meu pai.

Dito isso ela simplesmente pareceu entrar em desespero, Harry no entanto começa a domar a situação para à situar e manter a calma mesmo o seu olhar demonstrando o oposto.

— É complicado, mas Ron e Mione já estão lá. — Ele avisa, e continua á abraçando. — Eu prometo que irei encontrar o nosso filho, e quando eu tiver notícias dele, irei avisar, só cuida da Lily.

— Nada disso vocês precisam da minha ajuda. Não quero ficar em casa de mãos atadas, eu não posso! — Ginny se exaltando, a sua voz demonstra dor, desespero, enquanto seus olhos lutavam para não fraquejar e decair em lágrimas.

Essa era a primeira vez que eu sentia pena de Ginerva Weasley, onde, deixando o passado para atrás, eu entedia a dor dela, eu entedia a dor do medo de ter outra perda.

— Hey, — o moreno, deslizando os seus braços, à soltando, segura seu rosto entre suas mãos, — você não vai ficar sem fazer nada, assim que eu encontrar algo, eu volto aqui e começamos juntos à procurá-lo, mas primeiro eu preciso saber o nível da situação e eu não quero que a Lily, veja o que está acontecendo, principalmente com o irmão dela, ela precisa de apoio assim como você, assim como nós, por favor. —Sua voz parecia de súplica com um pedido de apoio em silêncio.

Se encarando por um tempo, a mesma assente com a cabeça, o sinalizando que poderia ir mas que iria esperar a sua volta para irem em busca de seus filho.

E aquilo me incomodou, mais do que deveria, não só pelo estado que estava de preocupação em relação ao meu filho, mas eu precisava saber logo, eu precisava ir atrás dele.

Obviamente era só por essa razão que o meu coração parecia se aprofunda emas em um vazio e meu estômago latejar de uma dor desconfortável.

Quando, os mesmo iam se beijar, quebro aquele clima entre os dois, lembrando-os que eu ainda estava lá. — Sei que os pombinhos estão preocupados e tudo mais, mas temos uma escola para ir.

Pensando, eu me arrependo depois de ter dito, porque quando eu estou nervoso, o antigo Draco volta contudo.

E, eu detesto o antigo Draco...

Potter parecendo levemente envergonhado se desvincula do abraço, com a ruiva me lançando um olhar mortal, comigo a apenas ignorando.

Andando em minha direção, Potter segura em um dos meus braços bruscamente nos aparatando, sem me avisar, na sala da McGonagall.

Logo de cara encontro o Weasley menor e a Granger, ambos sérios com McGonagall do lado.

A sala do diretor não mudou quase nada de fato, o que à torna nostálgica e acolhedor, mesmo estando aqui algumas vezes escondidas sem ninguém saber, agora está apenas mais organizado e com um aspecto mais sério.

— Então? Conte nos, McGonagall, tudo que sabe. Granger se pronunciou.

— Apenas o que A bruxa dos doces falou, eles estavam no trem e conseguiram escapar pulando de lá, apenas o que sei os localizando antes de sumirem de rastro é que estavam no ministério e no banco Gringotes, depois, eles sumiram.

— Ótimo, mais essa! — Passando as mãos e puxando seus cabelos mais bagunçados que antes, Potter nos olha com mais desespero, sua esperança que ainda teria uma boa notícia se foi, e isso me fez ter a mesma reação que ele. Ficar em desespero, mas internamente.

Para ainda ter as rédeas da situação, eu começo a sugerir, tendo a atenção de todos voltada para mim. — Granger, o mais sensato nesse momento seria vocês dois irem a Gringotes saber o que eles queriam lá, eu e Potter vamos voltar para o ministério e olhar em volta para saber o que deixamos passar.

— Por quê iriamos obedecer alguma ordem sua Malfoy? — Weasley se posiciona, me lançando um olhar de nojo e na defensiva.

— Porque... — Começo á falar, ô encarando com um olhar sereno e superior ao mesmo tempo. — Não sei se você percebeu, é o que se faz quando uma pessoa importante some, pensamos, por acaso, sabe pensar Weasley?

— Se for querer falar em pensar, acho que a marca no seu braço diz muito sobre o seu raciocínio. — Ele rebate, enchendo a boca, não parecendo nem um pouco arrependido pelo o que falou.

Entretanto, a minha calma se desfez, com a minha garganta dando um nó pela verdade que ecoou na aquela sala, em um lugar, que por pouco foi quase destruído por minha causa.

— Ronald! Vamos, fique quieto e se comporte. Granger puxa o de cabelo ruivos quase avermelhados, comigo segurando a risada pela situação que o mesmo se colocou.

Em reação, ele á obedece ficando quieto assim que ela o repreende, sai da sala, aparatando logo em seguida.

O moreno que estava ao meu lado, me olha torto e simplesmente também se vai, sem dizer nada.

O encontro no ministério olhando em volta na rua em frente do local quando ele me puxa contra uma rua estreita me encurralando contra a parede.

— Sério isso, Potter? Sussurro para ele..

Harry Potter- Reencontros, novos antigos laços.Onde histórias criam vida. Descubra agora